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Investimentos em logística ajudará a escoar safra de Mato Grosso
Investimentos em logística na região vão ajudar a escoar a safra do Centro-Oeste pelo Norte. O Porto de Itaqui - ou Ponta da Madeira - em São Luís (MA), poderá se tornar o maior exportador de granéis do Brasil em 2010. A expectativa é que até lá, passem pelo porto 10 milhões de toneladas de grãos, sobretudo da região Centro-Oeste.
No ano passado, Itaqui registrou uma demanda de exportação de 3,5 milhões de toneladas de soja. No entanto, a limitada capacidade de processamento de cargas resultou na exportação de apenas 1,7 milhão de toneladas do grão, o representa alta de mais de 100% ante as 624 mil toneladas movimentadas em 2001, segundo dados da Agroconsult.
"Mas para esta expectativa se concretize, é preciso que o governo acelere os projetos de investimento privado no porto, como a licitação das áreas portuárias", diz o especialista em logística Luiz Fayet. Ele informa que não há instalações de armazéns e de recepção das cargas que chegam por rodovia. Segundo Fayet, é fundamental ainda obras que estruturem as principais vias que formam o corredor de exportação. Ele se refere à conclusão dos trilhos da Ferrovia Norte-Sul, que terão 1,98 mil quilômetros de extensão, interligando os estados de Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará. Também cita a melhoria da malha rodoviária que faz ligação a partir de Mato Grosso, Goiás e Tocantins.
"Chegando no Maranhão, estas rotas se dividem em duas: uma para o porto de São Luís e a outra para o de Belém. Esse é o corredor que vai ser utilizado pelo agronegócio dessa região nos próximos 20 anos", detalha Fayet.
O especialista destaca ainda mais duas importantes rotas para escoamento, sobretudo para Mato Grosso. São elas: a via Cuiabá-Porto Velho, em Rondônia (com rumo aos portos de Porto Velho, Itacoatiara e Santarém) e o escoamento pela BR-163 a partir de Cuiabá até o porto de Santarém.
O atual volume movimentado no porto de São Luís se refere à produção de soja do Maranhão, Sudoeste do Piauí e Tocantins. Em pequenos volumes, também de Goiás e Mato Grosso.
A maior parte da exportação de grãos de Mato Grosso segue hoje pelos portos de Paranaguá (PR) e, principalmente, de Santos (SP), por conta da facilidade de acesso via Ferronorte, conforme explica o analista da Agroconsult, Fabio Meneghin. Nos últimos cinco anos, os embarques de soja no porto de Santos cresceram 33,4%, fechando 2006 em 6,9 milhões de toneladas. A movimentação superou até a de Paranaguá, que em 2001 era 5,7% maior que a do porto paulista. Hoje, Santos exporta 41% mais soja que o concorrente. "Também temos que considerar o efeito da proibição de embarque de soja transgênica em Paranaguá", pondera Meneghin.
O analista considera que a facilidade de acesso a Santos pela Ferronorte trouxe mudanças no perfil do mercado exportador de soja. Os prêmios pagos para exportação foram positivos em 15 centavos de dólar por bushel em 2005 e 2006, ante o desconto de 0,50 centavos de dólar por bushel em 2004. "É o maior que os prêmios pagos em Paranaguá e no porto de Rio Grande (RS), ambos de 10 centavos de dólar por bushel", detalha.
Mas essa melhora do acesso a Santos, via ferrovia, não trouxe grandes vantagens para a soja produzida em Mato Grosso, por exemplo. "Os preços pagos ao grão do estado continuam sendo os menores do mercado brasileiro", pondera o analista. Em Sorriso (Médio Norte de Mato Grosso), por exemplo, a saca de 60 quilos estava cotada a R$ 22 na última quarta-feira. A mesma saca valia R$ 31,51 em Ponta Grossa (PR), região próxima ao porto de Paranaguá.
O Centro-Oeste, segundo Fayet, já se encontra em um apagão logístico. "Se não fosse o prêmio concedido nos leilões do governo, a produção estaria inviabilizada", avalia.
No ano passado, Itaqui registrou uma demanda de exportação de 3,5 milhões de toneladas de soja. No entanto, a limitada capacidade de processamento de cargas resultou na exportação de apenas 1,7 milhão de toneladas do grão, o representa alta de mais de 100% ante as 624 mil toneladas movimentadas em 2001, segundo dados da Agroconsult.
"Mas para esta expectativa se concretize, é preciso que o governo acelere os projetos de investimento privado no porto, como a licitação das áreas portuárias", diz o especialista em logística Luiz Fayet. Ele informa que não há instalações de armazéns e de recepção das cargas que chegam por rodovia. Segundo Fayet, é fundamental ainda obras que estruturem as principais vias que formam o corredor de exportação. Ele se refere à conclusão dos trilhos da Ferrovia Norte-Sul, que terão 1,98 mil quilômetros de extensão, interligando os estados de Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará. Também cita a melhoria da malha rodoviária que faz ligação a partir de Mato Grosso, Goiás e Tocantins.
"Chegando no Maranhão, estas rotas se dividem em duas: uma para o porto de São Luís e a outra para o de Belém. Esse é o corredor que vai ser utilizado pelo agronegócio dessa região nos próximos 20 anos", detalha Fayet.
O especialista destaca ainda mais duas importantes rotas para escoamento, sobretudo para Mato Grosso. São elas: a via Cuiabá-Porto Velho, em Rondônia (com rumo aos portos de Porto Velho, Itacoatiara e Santarém) e o escoamento pela BR-163 a partir de Cuiabá até o porto de Santarém.
O atual volume movimentado no porto de São Luís se refere à produção de soja do Maranhão, Sudoeste do Piauí e Tocantins. Em pequenos volumes, também de Goiás e Mato Grosso.
A maior parte da exportação de grãos de Mato Grosso segue hoje pelos portos de Paranaguá (PR) e, principalmente, de Santos (SP), por conta da facilidade de acesso via Ferronorte, conforme explica o analista da Agroconsult, Fabio Meneghin. Nos últimos cinco anos, os embarques de soja no porto de Santos cresceram 33,4%, fechando 2006 em 6,9 milhões de toneladas. A movimentação superou até a de Paranaguá, que em 2001 era 5,7% maior que a do porto paulista. Hoje, Santos exporta 41% mais soja que o concorrente. "Também temos que considerar o efeito da proibição de embarque de soja transgênica em Paranaguá", pondera Meneghin.
O analista considera que a facilidade de acesso a Santos pela Ferronorte trouxe mudanças no perfil do mercado exportador de soja. Os prêmios pagos para exportação foram positivos em 15 centavos de dólar por bushel em 2005 e 2006, ante o desconto de 0,50 centavos de dólar por bushel em 2004. "É o maior que os prêmios pagos em Paranaguá e no porto de Rio Grande (RS), ambos de 10 centavos de dólar por bushel", detalha.
Mas essa melhora do acesso a Santos, via ferrovia, não trouxe grandes vantagens para a soja produzida em Mato Grosso, por exemplo. "Os preços pagos ao grão do estado continuam sendo os menores do mercado brasileiro", pondera o analista. Em Sorriso (Médio Norte de Mato Grosso), por exemplo, a saca de 60 quilos estava cotada a R$ 22 na última quarta-feira. A mesma saca valia R$ 31,51 em Ponta Grossa (PR), região próxima ao porto de Paranaguá.
O Centro-Oeste, segundo Fayet, já se encontra em um apagão logístico. "Se não fosse o prêmio concedido nos leilões do governo, a produção estaria inviabilizada", avalia.
Fonte:
Gazeta Mercantil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/245728/visualizar/
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