Repórter News - reporternews.com.br
Vacina contra câncer de colo do útero já está no Brasil
A primeira e única vacina aprovada contra o HPV, vírus responsável por 70% dos casos de câncer de colo do útero, chegou ontem à rede privada de saúde do país. O preço final ao consumidor vai ficar em torno de R$ 500 por dose em clínicas e laboratórios de análise, mas ele pode subir em breve.
O valor é mais baixo do que previa o fabricante, o laboratório Merck. A idéia era de que a dose saísse da fábrica com valor próximo disso e que as clínicas a vendessem por até R$ 700. Há uma semana, no entanto, conforme adiantou o jornal "O Estado de S. Paulo" no dia 19, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, órgão do governo federal que estabelece os preços dos remédios no País, definiu o preço da dose: R$ 364,16.
O laboratório entrou com recurso contra o valor do governo e vai mantê-lo, mesmo com o produto no mercado - a Merck importou inicialmente 45 mil doses. "A referência de preço usada pelo governo foi o valor da vacina nos Estados Unidos (US$ 120), onde ela é fabricada. Não podemos vender pelo mesmo valor aqui", analisa João Sanches, diretor de Comunicação da Merck.
O fabricante estuda formas de facilitar o acesso da vacina ao consumidor com empresas reguladoras de crédito. Enquanto isso, algumas clínicas parcelam o valor da vacina. Marília Gimenez, de 23 anos, trainee de uma multinacional, tomou a primeira dose ontem na Clínica Cepidi e dividiu o preço. "Há dois meses estou atrás da liberação dessa vacina", diz Marília. "Sei o que é a doença, minha amiga tem HPV e não quero passar por isso."
Mesmo antes da chegada ao mercado, pacientes já faziam "fila" para comprar o produto. Nos laboratórios Delboni, 50 mulheres aguardavam a vacina. Por causa do preço, a encomenda na maioria dos centros será pela demanda. É remota a possibilidade de estoque. No Fleury, uma das maiores redes do País, a compra inicial será de cem doses.
A vacina Gardasil protege contra quatro tipos de HPV - dois deles oncogênicos (tipos 16 e 18), que respondem pelos casos de câncer de útero, e os tipos 6 e 11, responsáveis por 90% das verrugas genitais. A aplicação é feita em três doses - a segunda é dada dois meses depois da primeira e a terceira, após seis meses da inicial. Estudos clínicos mostraram que ela imuniza mulheres de 9 a 26 anos - a eficácia em pacientes mais velhas está em teste. O tempo de proteção é de cinco anos. A vacina da Merck é vendida em 50 países.
Nos próximos meses, chegará outra vacina contra HPV ao mercado - ainda em análise nas agências reguladoras de saúde, incluindo o Brasil. É a Cervarix, do laboratório GlaxoSmithKline. Para mulheres de 10 a 55 anos, ela protege contra quatro tipos de HPV (16, 18, 31 e 45), todos oncogênicos.
A contaminação do HPV pode ocorrer em qualquer tipo de contato com a área genital, mesmo oral ou por manuseio. Os homens atuam como vetores da doença. Na maioria das vezes a infecção não tem sintomas. O vírus pode ser detectado pelo exame papanicolau. Para 2006, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) esperava 20 mil novos casos de câncer de colo de útero no Brasil.
O valor é mais baixo do que previa o fabricante, o laboratório Merck. A idéia era de que a dose saísse da fábrica com valor próximo disso e que as clínicas a vendessem por até R$ 700. Há uma semana, no entanto, conforme adiantou o jornal "O Estado de S. Paulo" no dia 19, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, órgão do governo federal que estabelece os preços dos remédios no País, definiu o preço da dose: R$ 364,16.
O laboratório entrou com recurso contra o valor do governo e vai mantê-lo, mesmo com o produto no mercado - a Merck importou inicialmente 45 mil doses. "A referência de preço usada pelo governo foi o valor da vacina nos Estados Unidos (US$ 120), onde ela é fabricada. Não podemos vender pelo mesmo valor aqui", analisa João Sanches, diretor de Comunicação da Merck.
O fabricante estuda formas de facilitar o acesso da vacina ao consumidor com empresas reguladoras de crédito. Enquanto isso, algumas clínicas parcelam o valor da vacina. Marília Gimenez, de 23 anos, trainee de uma multinacional, tomou a primeira dose ontem na Clínica Cepidi e dividiu o preço. "Há dois meses estou atrás da liberação dessa vacina", diz Marília. "Sei o que é a doença, minha amiga tem HPV e não quero passar por isso."
Mesmo antes da chegada ao mercado, pacientes já faziam "fila" para comprar o produto. Nos laboratórios Delboni, 50 mulheres aguardavam a vacina. Por causa do preço, a encomenda na maioria dos centros será pela demanda. É remota a possibilidade de estoque. No Fleury, uma das maiores redes do País, a compra inicial será de cem doses.
A vacina Gardasil protege contra quatro tipos de HPV - dois deles oncogênicos (tipos 16 e 18), que respondem pelos casos de câncer de útero, e os tipos 6 e 11, responsáveis por 90% das verrugas genitais. A aplicação é feita em três doses - a segunda é dada dois meses depois da primeira e a terceira, após seis meses da inicial. Estudos clínicos mostraram que ela imuniza mulheres de 9 a 26 anos - a eficácia em pacientes mais velhas está em teste. O tempo de proteção é de cinco anos. A vacina da Merck é vendida em 50 países.
Nos próximos meses, chegará outra vacina contra HPV ao mercado - ainda em análise nas agências reguladoras de saúde, incluindo o Brasil. É a Cervarix, do laboratório GlaxoSmithKline. Para mulheres de 10 a 55 anos, ela protege contra quatro tipos de HPV (16, 18, 31 e 45), todos oncogênicos.
A contaminação do HPV pode ocorrer em qualquer tipo de contato com a área genital, mesmo oral ou por manuseio. Os homens atuam como vetores da doença. Na maioria das vezes a infecção não tem sintomas. O vírus pode ser detectado pelo exame papanicolau. Para 2006, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) esperava 20 mil novos casos de câncer de colo de útero no Brasil.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/245896/visualizar/
Comentários