Carlos Brito afirma que não haverá extinção da Polícia Comunitária
Durante cerca de quatro horas, mais de 150 pessoas ouviram as explanação do comandante geral da Polícia Militar, coronel Adaildon Evaristo de Moraes Costa sobre como será o policiamento ostensivo em Cuiabá e Várzea Grande, dentro de uma nova dinâmica. Segundo o comandante o policiamento preventivo e ostensivo irá atacar prioritariamente cinco modalidades de crimes, o homicídio, roubo e furto, porte ilegal de armas e tráfico doméstico de entorpecentes. Esse trabalho já começou a ser feito a partir desta quarta-feira e será contínuo.
O secretário Carlos Brito falou também da proposta de implantação das bases comunitárias de segurança pública, proposta que integra essa nova dinâmica e amplia os serviços já disponibilizados à população, pelas Companhias de Polícia Comunitária, agregando atendimentos da Polícia Judiciária Civil, Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), através da coordenadoria de Identificação e ações de defesa social.
“De um efetivo de 6.500 homens, 25% em média, encontram-se no serviço administrativo. Quando o estado contrata um policial é para que ele exerça atividade de polícia. Todo esse contingente já começou a reforçar o policiamento na rua e estará atuando nos bairros das áreas de abrangência das polícias comunitárias”, disse ele.
Carlos Brito voltou a afirmar que “não haverá extinção das Companhias de Polícia Comunitária. Dentro da proposta de reengenharia da Polícia Militar, esses serviços serão ampliados visando reduzir os índices de criminalidade registrados em Cuiabá e Várzea Grande”, salientou ele.
A idéia levada aos representantes dos movimentos comunitários tem por objetivo aproximar ainda mais os serviços de segurança pública da população. “Na verdade estaremos otimizando os recursos humanos e materiais disponíveis hoje no sistema de segurança pública levando para as companhias serviços como a Delegacia Virtual, emissão de carteira de identidade e nesse ponto, já dentro do conceito de transversalidade, outros serviços ofertados pelo conjunto de secretarias, de acordo com o perfil de cada comunidade”, explicou o secretário.
Além de continuar a dar o suporte necessário às ações policiais nos bairros de abrangência das companhias as bases comunitárias irão abrigar serviços necessários à população.
Durante a reunião o secretário ressaltou a importância da participação dos representantes dos Conseg’s e movimentos comunitários nessa discussão. “Será fundamental não só para a atuação efetiva das policiais mas também para a definição dos programas de defesa social que serão implantados nos locais onde a estrutura física permitir, com a participação das demais secretarias de estado e da sociedade civil organizada, universidades e empresários atendendo o perfil de cada comunidade”, disse o secretário. O secretário lembrou que a polícia comunitária é um conceito, uma filosofia que orienta a atuação das polícias, baseada numa verdadeira integração entre o aparato policial do estado e a sociedade.
Carlos Brito disse aos líderes comunitários que não tem receio em admitir mudanças na proposta, a fim de torná-la ainda melhor e voltou a lamentar as informações inverídicas a respeito da extinção das companhias de policiamento comunitário. Ele disse que seria um contra-senso tal decisão em razão de sua origem comunitária e de seu trabalho, durante o primeiro mandado do Governador Blairo Maggi, que ajudou a implantar esse modelo de policiamento no estado e ainda a construir algumas das companhias.
Durante a reunião vários presidentes de associações de moradores de bairros e representantes de Conseg,s manifestaram seu apoio a proposta e reinvindicaram a participação na sua implementação discutindo ações visando o melhor atendimento da população.
A presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública do bairro Jardim Imperial, em Várzea Grande, Rosalina Solange Franco, onde a companhia de policiamento comunitário atende a 70 bairros da região disse acreditar na proposta. “Se o policiamento continuar a atender o bairro vamos melhorar os serviços junto a população e ainda atender àqueles que não tem condições de ir no centro da cidade ou a um posto, para tirar a carteira de identidade, por exemplo”, disse ela.
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