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Economia
Quinta - 25 de Janeiro de 2007 às 09:08

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Está aberta a temporada de leilões de gado de corte em Rondonópolis (MT). Semanalmente, pelo menos duas empresas leiloeiras do Município têm garantido a venda de em média duas mil cabeças. Na programação, estão leilões de gado leiteiro e de elite, considerados especiais. A comercialização de gado de corte tem sido satisfatória, uma vez que as empresas leiloeiras de Rondonópolis tem realizado pelo menos um evento por semana, contando com no mínimo 400 cabeças para venda cada.

Já os leilões de gado leiteiro, de elite e reprodutor acontecem em sessões especiais, visto que o investimento por parte dos pecuaristas deve ser maior em função do melhoramento genético aplicado nos embriões. Nesse sentido, um leilão ocorrerá no próximo sábado (27-01) na Boi Bom Leilões, onde 300 cabeças serão comercializadas sob média de produção de 15 a 20 litros. O gado leiteiro é considerado de elite uma vez que o investimento é em média cinco vezes maior relacionado a compra de gado de corte.

No Brasil, a produção de leite por vaca é de 4 litros diários em média. No entanto, alguns animais que serão leiloados apresentam uma média de até 30 litros diários. Em Rondonópolis, o pecuarista e sócio-proprietário da leiloeira, Olavo Aguiar, ressaltou a produção da Neguinha, que chega a 45 litros por dia. O preço do gado leiteiro é estabelecido de acordo com o mercado.

Aguiar aponta junho e julho como referenciais. Mesmo assim, o valor do litro não sofreu considerável queda durante a safra. Os principais compradores devem se estabelecer na Região Sul, mas em função da transmissão através do Canal do Boi é possível que pecuaristas de outros Estados compareçam no evento e adquiram animais. No leilão será possível comprar exemplares de vacas paridas, vacas mojandos, novilhas e reprodutoras.

O critério para a escolha dos animais diz respeito aos índices de sanidade sem apresentar qualquer retalhação física do animal. Os bois também devem estar garantidos quanto à vacinação, permitindo que a compra seja feita sem qualquer interpérie na saúde do gado. Além, é claro, da produtividade em corte, em leite ou cria. No caso do gado de corte, o magro tem sido mais procurado.

Segundo Aguiar, o pecuarista busca repor seu rebanho a fim de garantir a engorda até o período de seca, garantindo bons preços durante o confinamento. “Eles estão procurando animais na faixa de 15 a 18 meses”, revelou. O sócio-proprietário da Boi Bom Leilões afirmou que o gado ofertado é abrangente da região Sul do Estado e todo ele é apontado para cria, recria e engorda.

Aguiar disse ainda que para o próximo leilão, realizado nesta noite, serão apresentados animais da raça Nelore, de todas as faixas etárias, o que permite que os pecuaristas adquiram peças mais baratas, a exemplo dos novilhos. Segundo Aguiar, a intenção é satisfazer todos os produtores rurais. Para essa noite está estipulada a venda de 1,4 mil cabeças de gado de corte.

Segundo dados da Lance Livre, a empresa comercializa mais de 60 mil animais por ano. No caso da Boi Bom, o marco é de 50 mil cabeças para cria e recria. Durante os leilões, o pagamento já é pré-estabelecido variando as condições de evento para evento.

A raça pura mais requisistada é a Nelore seguida das Cruzadas, que apontam maiores condições de engorda. Nesse caso, a maioria do gado fruto de cruzada apontadas na Lance Livre são de origem leiteira. Assim, os machos que resultam da cria de vacas leiteiras são apontados como potenciais reprodutores para esse fim.





Fonte: Diário Regional

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