Começa 1º dia do sistema Adaildon
De acordo com o coronel Benedito Antônio de Campos Filho, comandante geral-adjunto da PM, 241 policiais do 1º Batalhão e 34 viaturas foram empregadas no PO (Policiamento Ostensivo) com as ações preventivas e atendimento de ocorrências em Cuiabá no período de 7h às 19 horas. Esse efetivo seria, segundo o coronel, cerca de 70% superior ao que diariamente vinha sendo levado às ruas, apesar de na região central, a presença de policiais ser quase inexistente à tarde, como constatado pela reportagem.
Em Várzea Grande, informou o coronel, foram às ruas 113 PMs e 13 viaturas. Lá, observou, não passavam de 47 policiais e oito viaturas nos serviços de rondas e atendimento de chamadas.
À tarde, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, o comandante geral Adaildon de Moraes, oficiais e diretores da PM e Polícia Judiciária se reuniram com lideranças comunitárias para discutir a extinção da Polícia Comunitária.
O encontro, do qual participaram mais de 150 presidentes de associações, união e federações de associações de bairro, além de representantes de conselhos comunitários de segurança, teve intervenções de protesto, elogios e demonstração de falta de conhecimento.
O presidente da Associação de Moradores do bairro Novo Horizonte, Admar Valentim, reclamou que a Companhia de Polícia Comunitária que atendia sua região, sediada no bairro Planalto, já está praticamente fechada. Lá, segundo ele, não há mais guarnição da polícia para fazer o policiamento. “Não queremos fazer identidade, registrar queixas e um policial atendendo telefone ou cuidando do prédio. Precisamos da presença da polícia no bairro”, reclamou, numa referência ao projeto de transformação das unidades Bases Comunitárias de Segurança Pública.
Alberto Roberto Delandreia, membro do Conselho Comunitário de Segurança Pública do São João Del Rey, também confirmou a retirada dos PMs da unidade com sede no bairro. “Pensamos que viríamos aqui para que expressássemos nossa opinião, para saberem o que queremos”, queixou-se Delandreia. “Tínhamos 40 PMs para fazer a segurança de 22 bairros da região” reagiu ele.
O secretário Carlos Brito acha que a polícia não pode se prender à estrutura física de batalhões e unidade comunitárias. De acordo com Brito, as mudanças que estão fazendo visam assegurar a presença ostensiva da PM em toda cidade. Para isso, o secretário espera contar em breve com mais 1,5 mil policiais que hoje desempenham atividades administrativas nos quartéis, companhias, secretarias e outros órgãos públicos. Brito pediu um tempo para ser cobrado, porque, segundo ele, há segmento reagindo às suas propostas como se ele estivesse há meses ou anos no cargo.
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