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Nacional
Quarta - 24 de Janeiro de 2007 às 20:43

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Levantamento nacional divulgado hoje pela Serasa revela que no ano de 2006 foram devolvidos em todo o País 20,7 cheques sem fundos a cada mil compensados. O dado reflete alta de 9,5% sobre a média registrada no ano anterior, que ficou em 18,9 cheques devolvidos a cada mil compensados. Apesar da queda de 4,5% no mês de dezembro do ano passado (18,9 cheques em cada mil), ante novembro (19,8), 2006 fechou com devolução expressiva de 35,5 milhões por todo o País, dentre 1,7 bilhão de cheques compensados. O balanço do ano fechou com volume menor do que em 2005, quando foram registrados 36,7 milhões de devoluções. Entretanto, o total de cheques compensados foi maior do que em 2006: 1,94 bilhão.

Para o assessor econômico da Serasa, Carlos Henrique de Almeida, dois fatores principais refletiram a alta: o aumento do crédito, em torno de 25% para pessoas físicas, e a concessão de crédito. "A concessão muitas vezes é sem critério, principalmente em compras feitas a prazo e prazos, aliás, cada vez mais longos", explica. "Esses fatos explicam o aumento da inadimplência", acrescenta. Por sua vez, outros fatores, segundo o assessor econômico, atenuaram o endividamento: "O aumento do salário mínimo, crescimento da massa salarial e redução da taxa de juros".

São Paulo, de acordo com a Serasa, continua sendo o Estado com menor volume de cheques devolvidos, com 17 cheques devolvidos a cada mil compensados. Os Estados que também apresentaram bons índices foram Santa Catarina (18,1), Pernambuco (18,9), Minas Gerais (19,1) e Rio Grande do Sul (19,9). O levantamento aponta os Estados campeões em cheques devolvidos e, neste ano, Roraima aparece na primeira colocação, com 91,6 cheques devolvidos a cada mil. Também tiveram índices ruins os Estados de Amapá (85,2), Tocantins (53,4) e Maranhão (55,4). No geral, as regiões Norte e Nordeste tiveram pior desempenho com média de 42,1 e 29,6, respectivamente. A região Centro-Oeste ocupa posição mediana, com 26,1 cheques devolvidos a cada mil. No pé da lista, com os melhores índices aparecem as regiões Sul (19,6) e Sudeste (18,3).

De acordo com Carlos Henrique, São Paulo se deu melhor na lista, pois "já tem um amadurecimento na concessão de crédito". "Ainda tem muito o que fazer pra melhorar, mas boa parte do varejo já concede créditos com mais critérios", complementa. Por sua vez, os campeões em cheques devolvidos são motivados, para o assessor, por falta de educação financeira e falta de informação.





Fonte: AE

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