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Nacional
Quarta - 24 de Janeiro de 2007 às 03:35

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O advogado Alexandre Dumans, que faz a defesa de Adriana Almeida Ferreira, viúva do milionário Renné Senna, assassinado no último dia 7 em Rio Bonito (RJ), entregou à polícia nesta terça-feira a cópia de um contrato firmado entre o milionário e um escritório de advocacia em outubro passado, no qual ele autorizara o ingresso de ação de negação de paternidade contra Renata Senna, filha única da vítima. Pelo serviço, disse Dumans, Rennê deu sinal de R$ 80 mil e ficou de quitar os R$ 300 mil restantes quando o processo fosse concluído.

Segundo Adriana, o milionário afirmava que era traído pela primeira mulher e duvidada ser o verdadeiro pai de Renata - beneficiária de metades dos R$ 52 milhões, junto com Adriana, conforme o testamento da vítima.

No mesmo contrato, Renné solicita ação para liberar recursos retidos na Caixa Econômica Federal, referentes aos R$ 52 milhões do prêmio da Mega-Sena. Segundo o contrato entregue, o milionário ainda pede a elaboração de um contrato de doação para Adriana, o que significaria que ele pretendia passar mais bens para a mulher.

Filhos da viúva poderão ficar com herança Os três filhos da viúva, que é investigada por suspeita de envolvimento no assassinato, poderão herdar a fortuna de R$ 26 milhões que o milionário destinou a ela em testamento (metade do dinheiro). A cabeleireira pode perder o direito caso seja considerada "indigna" pela Justiça - ou seja, se ela for incriminada pela morte do milionário. Segundo o artigo 1.816 do Código Civil, o herdeiro "indigno" é considerado como se estivesse morto, mas os bens ficam para seus sucessores.

Renné destina no seu testamento metade dos bens para a mulher e a outra para a filha. Se estivesse casado legalmente com Renné, Adriana teria direito, ainda, a uma parte dos bens conquistados pelo casal.

Irmã de vítima acusa parentes O depoimento de uma irmã de Renné Senna pode dar novos rumos à investigação. Aldinéia Senna, 56 anos, que cuidou do milionário quando ele ainda era pobre e recém-operado da cirurgia de amputação das pernas, contou ontem à polícia que seus irmãos só se reaproximaram do ex-lavrador depois que ele ganhou na Mega-Sena, em julho de 2005.

Segundo ela, um dos seus irmãos, Miguel, teria assumido o controle dos bens de Renné e, com sua mulher, Maria da Penha, teria afastado o ex-lavrador do restante da família. Ela admitiu ainda ter ficado magoada com o milionário porque, no primeiro testamento, foi contemplada com apenas 10% dos bens dele, enquanto Miguel receberia 15%.

Também foi ouvido ontem o ex-cunhado de Renné, Francisco de Almeida Filho. Ele disse que a separação do milionário de sua irmã, Malvina de Almeida, ocorreu devido ao consumo excessivo de bebida alcoólica por parte de Renné.




Fonte: O Dia On Line

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