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Cidades/Geral
Terça - 23 de Janeiro de 2007 às 19:48

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O crime teve repercussão nacional e virou capa de vários jornais. Em 16 de Janeiro de 1988 três homens foram barbaramente linchados em praça pública em virtude de terem matado um taxista de Juara. O Ministério Público relacionou e acusou 59 pessoas responsáveis pela prática da chacina e já se passaram 19 anos e nada foi feito.

O Defensor Público Dr Marcelo Leirião disse a Rádio Tucunaré que se essas pessoas não forem levadas a Júri Popular até 16 de Janeiro de 2008 o processo será ser extinto pela prescrição. Leirião nos disse ainda que dos 59 acusados foram feitos 3 (três) processos e no processo que está com ele são 21 réus que serão interrogados, após isso o Juiz de Direito Dr Douglas Bernardes Romão irá analisar se tem ou não fundamento, se tiver, ele irá dar uma sentença de pronúncia mandando essas pessoas para o banco dos réus.

Dos 59 acusados inicialmente, 11 foram absolvidos, alguns em razão de terem morrido e outros 9 por na época já terem mais de 60 anos, nesse caso a prescrição conta pela metade e em 10 anos foi extinta a punibilidade para essas pessoas. O volume dos processos é enorme, são cerca de 5.000 (cinco mil) páginas e colocando uma em cima da outra dá mais de 1 metro de altura. O Defensor Público Dr Marcelo Leirião disse ainda a Rádio Tucunaré que devido o intenso trabalho que é feito na Defensoria Pública, não é possível fazer a leitura desses processos durante o dia, por que segundo ele, tem que ser lido folha por folha para ser feito a defesa de cada um e dentro de 3 dias é impossível fazer esse trabalho que só pode ser feito durante a noite.

A Reportagem da Rádio Tucunaré conversou ainda com a jovem A.M.R de 19 anos, filha de Ademir Marques Ribeiro, morto na chacina de 1988 e ela nos disse que na época do crime ela era pequena, mas sua mãe sempre falou a verdade sobre o sumiço do pai. Hoje a jovem nos relatou que o crime cometido pelo pai deveria ser pago, mas não de forma injusta como aconteceu, a barbaridade do crime não justifica o que foi feito. A jovem disse que irá acompanhar de perto os júris e frisou que quer “justiça”.





Fonte: Rádio Tucunaré

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