Volta a chover forte em Cáceres; preocupação agora são as epidemias
O Rio Paraguai também voltou a subir. O nível das águas aferido pela Agência Fluvial passou de 4,20 metros na tarde de segunda-feira para 4,29 metros na manhã de ontem. A situação ainda é considerada preocupante porque, apesar da execução dos serviços de limpeza e desobstrução dos canais, as chuvas fazem com que o ritmo do trabalho diminua. Uma retro e uma pá-carregadeira, além de três caminhões cedidos pelo governo do Estado, estão sendo empregados no serviço. Além disso, estava previsto para chegar, no período da tarde, 120 colchões e 200 cestas básicas para distribuição aos atingidos pelas águas.
“Não é possível que vamos viver o mesmo pesadelo, em menos de 10 dias” - lamentou a dona de casa Ivone de Paula, moradora do bairro da Empa. Ela voltou para casa no final de semana, depois de ter perdido móveis e eletrodomésticos durante as chuvas que castigaram o município por 18 horas ininterruptas entre os dias 14 e 15. Ivone se socorreu, com as duas filhas e um filho, na casa da irmã residente no bairro Vitória Régia.
A maior preocupação, de acordo com técnicos da Defesa Civil do Estado e agentes do Serviço Municipal de Vigilância Sanitária (Visa), ainda é com o risco de epidemias. Uma pesquisa realizada pelos agentes constatou que existem cerca de 10 mil poços semi-artesianos em toda cidade. E, que milhares de pessoas, consomem água sem nenhum tipo de tratamento. “Existe o risco eminente de uma epidemia, principalmente, de hepatite “a”. Muitos moradores consomem água de poço na cidade”, observou um agente.
A Assessoria de Comunicação da Prefeitura informou que a Secretaria Municipal de Saúde, continua fazendo a distribuição de produtos, principalmente, de higienização para limpeza dos locais que ainda estão encharcados. Assim como a administração, o Corpo de Bombeiros e o Exército estão em estado de alerta.
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