Médicos voltam ao trabalho, mas greve segue em AL
Apesar de o governo ter devolvido os reajustes suspensos por meio de uma folha suplementar que começou a ser paga hoje, os funcionários públicos - exceto os médicos - decidiram manter a paralisação. A idéia é mantê-la até que o governador Teotonio Vilela Filho revogue o decreto 3.555/2007, que suspendeu todos os reajustes salariais concedidos aos servidores em 2006. Vilela alegou que os reajustes feriam a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Por causa do decreto, desde a semana passada servidores das áreas da educação, saúde e segurança pública estão parados. Na última quinta-feira, os servidores em greve invadiram o prédio da Secretaria da Fazenda. A greve entra hoje no oitavo dia e a sede da secretaria continua ocupada. Hoje, o governador Teotonio Vilela se reúne com lideranças dos servidores em greve e o procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca, que exige a revogação do decreto. Para Fonseca, o decreto é inconstitucional e só a sua revogação poderá por fim ao impasse.
Outro entrave é o pagamento dos 80% da isonomia salarial dos professores. Eles conquistaram, no ano passado, a isonomia salarial com outras categorias de nível superior. Em outubro de 2006, foi paga 20% da isonomia e o restante pago na folha de dezembro, mas o governo atual suspendeu o benefício. Segundo Vilela, a isonomia dos professores gera um impacto de R$ 12 milhões na folha do Estado. Por isso, além de já ter depositado os 20% na folha suplementar paga hoje, ele propõe liberar mais 5% e pagar o restante (75%) na medida em que a arrecadação do Estado foi melhorando.
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