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Saúde
Terça - 23 de Janeiro de 2007 às 13:29

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O estudo - analisando 6.814 pessoas - descobriu que desconfiança e ceticismo estavam associados a sinais de inflamação que, por sua vez, aumentam o risco de doenças cardíacas.

Estresse crônico e depressão também estariam associados a níveis maiores de certos marcadores inflamatórios no sangue.

Pesquisadores da Universidade de Michigan pediram que os participantes da pesquisa respondessem a um questionário que tentava descobrir o risco que a pessoa corria de desenvolver estresse crônico ou depressão.

Ceticismo e desconfiança foram medidos em uma visita seguinte.

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Os pesquisadores também recolheram amostras de sangue dos participantes que tinham entre 45 e 84 anos.

As amostras foram analisadas para detectar a presença de três marcadores, que aparecem no sangue em caso de inflamação: fibrinogênio, proteína reativa - C e o IL-6.

Níveis mais altos de ceticismo e desconfiança estavam associados a níveis mais altos de IL-6 e proteína reativa - C. Depressão estava associada com níveis mais altos de IL-6.

"As associações mais fortes e consistentes foram observadas nos casos de ceticismo e desconfiança, que foi positivamente associado com todos os três marcadores", disse o líder do estudo, Nalini Ranjit.

Pesquisas anteriores mostraram ligações entre fatores psicossociais como estresse e doença cardiovascular.

Mas a razão para isto ainda não foi esclarecida.

Inflamação

Inflamação é um caminho importante no desenvolvimento de arteriosclerose - um processo em que as artérias ficam mais estreitas e endurecidas bloqueando o fluxo de sangue - e em ataques do coração e derrames.

Quando Ranjit e sua equipe analisaram as descobertas mais detalhadamente, descobriram que boa parte do aumento dos marcadores de inflamação estava ligada a problemas de estilo de vida como obesidade e fumo.

Eles concluíram que pessoas céticas e desconfiadas podem ter mais tendência a um estilo de vida pouco saudável, e isto pode explicar o alto risco de doença cardíaca.

Vicky Styman, enfermeira cardíaca da organização britânica British Heart Foundation, disse que existem poucas provas para afirmar que a emoção era um fator de risco significante para doenças cardíacas.

"Uma dificuldade é que emoções são subjetivas. Algumas pessoas conseguem ter sucesso sob estresse enquanto outras preferem um ritmo mais lento, e, freqüentemente, é como as pessoas lidam com o estresse que pode aumentar o risco de doença cardíaca e não o estresse propriamente dito", afirmou.

"É particularmente difícil definir se alguém é cético e medir o impacto disto na probabilidade de desenvolvimento de doenças."





Fonte: BBC Brasil

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