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Cidades/Geral
Terça - 23 de Janeiro de 2007 às 13:13

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O governo e a sociedade civil começam a investir em projetos de combate ao trabalho escravo, uma atividade deplorável em todos os sentidos que costuma a ocorrer com frequência na Amazônia principalmente em áreas exploradas ilegalmente por fazendeiros e madeireiros.

Por iniciativa da organização não-governamental Repórter Brasil e da Secretaria Especial de Direitos Humanos do governo federal, nove comunidades de municípios do Pará, Tocantins, Maranhão e Piauí foram selecionadas para fazer parte do projeto Escravo, nem pensar!. Essas comunidades vão receber apoio técnico e financeiro para desenvolverem projetos de combate ao trabalho escravo.

Contando ainda com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o projeto vai repassar às comunidades recursos no valor de até R$ 1 mil para a execução de atividades como grafitagem, programas de rádio, palestras, encontros, caminhadas, pesquisas, produção de panfletos e cartilhas, confecção de cartazes e camisetas.

Segundo o coordenador da Repórter Brasil, Leonardo Sakamotto, as comunidades escolhidas para fazer parte do projeto têm alto índice de pessoas aliciadas para trabalho escravo. “Nesses municípios também atuam os ‘gatos’, que são os contratadores dessa mão-de-obra para os fazendeiros. Então, é fundamental que a população local seja bem informada sobre essa questão”, destacou o coordenador.

Os projetos selecionados vão fazer parte do projeto que capacita educadores, professores, líderes comunitários e sindicais a conscientizar a população da região onde vivem sobre os perigos desse tipo de trabalho. “O objetivo é criar multiplicadores, criar atores que levem a palavra contra o trabalho escravo adiante na sua comunidade”, disse Sakamotto.

Até agora, segundo o coordenador Sakamotto, já foram beneficiadas mais de 3,1 mil pessoas dos estados do Pará, Mato Grosso, Tocantins e Piauí. O projeto também será estendido para o sertão baiano, onde também é alto o índice de trabalhadores em regime análogo ao da escravidão.





Fonte: 24HorasNews

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