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Papa João Paulo 2° pensou em se aposentar, diz ex-secretário
O papa João Paulo 2o pensou seriamente em renunciar ao cargo em 2000 por causa de suas condições de saúde, e também avaliou a possibilidade de mudar as leis da igreja para determinar que os papas se aposentassem compulsoriamente aos 80 anos, em vez de ocupar o posto de forma vitalícia, contou seu secretário, o cardeal Stanislaw Dziwisz, num livro.
Em "Uma vida com Karol", que será lançado na Itália na quarta-feira pela editora Rizzoli, Dziwisz também afirma estar convencido de que a União Soviética estava por trás da tentativa de assassinato sofrida em 1981 contra o pontífice polonês.
Dziwisz conta que, em 2000, já com a saúde debilitada, João Paulo 2o convocou uma reunião com seus assessores mais próximos, entre eles o cardeal Joseph Ratzinger, hoje papa Bento 16.
"Ele chegou à conclusão de que tinha que se submeter à vontade de Deus, isto é, permanecer (no cargo) enquanto Deus quisesse", escreveu Dziwisz. O ex-cardeal Karol Wojtyla "perguntou-se ... se até o papa não deveria se aposentar aos 80 anos", como acontece com os cardeais, que já não podem votar num conclave para eleger um novo papa depois dos 80 anos.
O secretário também revelou que, conforme sua saúde piorava, João Paulo 2o criou "um procedimento específico para entregar sua renúncia no caso de não conseguir exercer o ministério de papa até o fim".
O relato de Dziwisz, que era como um filho para o papa, é a afirmação mais clara até agora de que João Paulo 2o realmente pensou em renunciar ao papado devido ao mal de Parkinson e outros problemas de saúde, que afetaram sua capacidade de andar e de falar.
O último papa a renunciar voluntariamente foi Celestino 5o, que deixou o posto em 1294. Gregório 12 abdicou com relutância em 1415, mas havia mais de um papa ao mesmo tempo nessa ocasião.
Em "Uma vida com Karol", que será lançado na Itália na quarta-feira pela editora Rizzoli, Dziwisz também afirma estar convencido de que a União Soviética estava por trás da tentativa de assassinato sofrida em 1981 contra o pontífice polonês.
Dziwisz conta que, em 2000, já com a saúde debilitada, João Paulo 2o convocou uma reunião com seus assessores mais próximos, entre eles o cardeal Joseph Ratzinger, hoje papa Bento 16.
"Ele chegou à conclusão de que tinha que se submeter à vontade de Deus, isto é, permanecer (no cargo) enquanto Deus quisesse", escreveu Dziwisz. O ex-cardeal Karol Wojtyla "perguntou-se ... se até o papa não deveria se aposentar aos 80 anos", como acontece com os cardeais, que já não podem votar num conclave para eleger um novo papa depois dos 80 anos.
O secretário também revelou que, conforme sua saúde piorava, João Paulo 2o criou "um procedimento específico para entregar sua renúncia no caso de não conseguir exercer o ministério de papa até o fim".
O relato de Dziwisz, que era como um filho para o papa, é a afirmação mais clara até agora de que João Paulo 2o realmente pensou em renunciar ao papado devido ao mal de Parkinson e outros problemas de saúde, que afetaram sua capacidade de andar e de falar.
O último papa a renunciar voluntariamente foi Celestino 5o, que deixou o posto em 1294. Gregório 12 abdicou com relutância em 1415, mas havia mais de um papa ao mesmo tempo nessa ocasião.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/246657/visualizar/
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