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Nacional
Segunda - 22 de Janeiro de 2007 às 17:42

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Ao aplaudir o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o diretor do Departamento de Economia do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Boris Tabacof, chegou a compará-lo, em nota distribuída nesta segunda-feira, com o "Plano de Metas" do presidente Juscelino Kubitschek, lançado em 1956, e que pretendia desenvolver o Brasil, em cinco anos, o equivalente a 50.

De acordo com Tabacof, a forte integração do poder público com o setor privado, com a liderança e a coordenação do processo exercidas pelo governo, é "algo que nos faz lembrar a organicidade do 'Plano de Metas', implementado no governo JK".

Por outro lado, ele ressalvou que o PAC, "de modo algum", é capaz de sinalizar o País almejado para o futuro. "Crescer acima da média mundial e de vários países emergentes ainda será um desafio a ser garimpado. As medidas de política econômica devem ir além das agora anunciadas, no que se refere à criação do ambiente que estimule e assegure um elevado nível de investimento no setor privado", cobrou Tabacof.

O diretor do Ciesp também comemorou as medidas de desoneração tributária e de simplificação burocrática, especialmente no que se refere aos processos ambientais e de comércio exterior.

Riscos

A expansão do PIB acima de 4%, acrescentou Tabacof na nota, poderá assegurar recursos suficientes para os investimentos propostos e permitir que "as regras impostas para contenção dos gastos correntes atinjam seus objetivos". "Se o PIB não deslanchar, os riscos para o atingimento das metas propostas são grandes", apontou.

A regionalização dos investimentos, na visão do Ciesp, feita intencionalmente pela União, "visa a garantir o apoio dos novos governadores e conseqüentemente dos parlamentares no Congresso Nacional", estabelecendo um novo "marco federativo". "Vale destacar que uma série de medidas do programa dependerá de aprovação legislativa", insistiu.

"A nosso juízo, a confiança necessária para que o Brasil volte a crescer somente virá quando, por meio de reformas estruturais, tivermos criado as condições necessárias e suficientes para reduzir a tributação, baixar a taxa real de juros para níveis civilizados e garantir um ambiente regulatório que não crie nos empresários a desconfiança de que a qualquer momento as regras do jogo podem mudar", enfatizou, ao indicar que "o PAC pouco avança" nesse sentido.





Fonte: AE

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