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Cientistam buscam no RNA arma contra o câncer
Cientistas de uma universidade britânica e de outra alemã estão pesquisando uma nova arma contra o câncer baseada na utilização de moléculas do ácido ribonucléico (RNA), segundo a edição de hoje do jornal The Independent. As duas equipes, uma da Universidade de Oxford e outra da clínica universitária da cidade alemã de Tübingen, se propuseram a atacar os genes humanos que permitem que os tumores cresçam desenfreadamente no organismo.
Os pesquisadores se referem ao câncer como uma doença genética devido ao papel que os genes desempenham na proliferação incontrolada de uma célula cancerígena, o que acaba criando um tumor. O enfoque radical adotado pelas duas equipes consiste em utilizar moléculas de RNA - substância similar ao DNA dos genes - para "silenciar" ou desativar determinados genes-chave que têm relação com o crescimento dos tumores.
Uma equipe da universidade de Oxford demonstrou em um estudo que será publicado na revista Nature que é possível utilizar grandes moléculas de RNA para desativar um gene responsável pela enzima DHFR (dihydrofolate reductase, nome em inglês), que contribui para a rápida proliferação das células cancerosas.
A equipe de Tübigen utilizou moléculas menores de RNA em um estudo com ratos para desativar outro gene que tem papel importante no rápido crescimento dos tumores cerebrais. Segundo Alexandre Akoulitchev, um dos pesquisadores de Oxford que participam do estudo, há um consenso crescente entre os especialistas em câncer de que as moléculas de RNA oferecem possibilidades inéditas para combater o câncer. "Nos últimos anos ocorreu uma revolução silenciosa na biologia", afirma.
A equipe de Oxford demonstrou que é possível utilizar diretamente o RNA para atuar sobre o "interruptor de luz" genético que controla o gene da enzima em questão. Quando são "apagadas", as células cancerígenas em processo de divisão ficam sem uma substância vital, a timina, uma das quatro bases químicas do DNA.
"Inibindo o gene da enzima DHFR, poderíamos prevenir o crescimento das células neoplásicas, células normais que se degeneram em cancerígenas, como as do câncer de próstata", explica Akoulitchev. "Na prática, o primeiro fármaco anticancerígeno, Methotrexate, atua ligando e inibindo a enzima que produz esse gene", acrescentou.
Outro enfoque é o adotado pelo professor Michael Weller, diretor de neurologia geral da clínica universitária de Tübingen, que utiliza moléculas menores de RNA para desativar um gene que impede que os tumores cerebrais sejam atacados pelo sistema imunológico do organismo. Nos experimentos realizados com ratos que apresentavam tumores cerebrais, estes se descompuseram totalmente com a perda da proteção pelo gene "silenciado", conhecido pelo nome de TGF-beta.
"Vimos primeiro os tumores crescerem e depois diminuírem de tamanho. Estou trabalhando nisso há dez anos e é a única tecnologia que nos permitiu produzir curas confiáveis no caso dos animais", afirma Weller, citado pelo The Independent. Os dois cientistas americanos que descobriram a interferência do RNA, Andrew Fire, da Universidade de Stanford, e Craig Mello, de Massachusetts, ganharam no ano passado o Nobel de medicina.
Os pesquisadores se referem ao câncer como uma doença genética devido ao papel que os genes desempenham na proliferação incontrolada de uma célula cancerígena, o que acaba criando um tumor. O enfoque radical adotado pelas duas equipes consiste em utilizar moléculas de RNA - substância similar ao DNA dos genes - para "silenciar" ou desativar determinados genes-chave que têm relação com o crescimento dos tumores.
Uma equipe da universidade de Oxford demonstrou em um estudo que será publicado na revista Nature que é possível utilizar grandes moléculas de RNA para desativar um gene responsável pela enzima DHFR (dihydrofolate reductase, nome em inglês), que contribui para a rápida proliferação das células cancerosas.
A equipe de Tübigen utilizou moléculas menores de RNA em um estudo com ratos para desativar outro gene que tem papel importante no rápido crescimento dos tumores cerebrais. Segundo Alexandre Akoulitchev, um dos pesquisadores de Oxford que participam do estudo, há um consenso crescente entre os especialistas em câncer de que as moléculas de RNA oferecem possibilidades inéditas para combater o câncer. "Nos últimos anos ocorreu uma revolução silenciosa na biologia", afirma.
A equipe de Oxford demonstrou que é possível utilizar diretamente o RNA para atuar sobre o "interruptor de luz" genético que controla o gene da enzima em questão. Quando são "apagadas", as células cancerígenas em processo de divisão ficam sem uma substância vital, a timina, uma das quatro bases químicas do DNA.
"Inibindo o gene da enzima DHFR, poderíamos prevenir o crescimento das células neoplásicas, células normais que se degeneram em cancerígenas, como as do câncer de próstata", explica Akoulitchev. "Na prática, o primeiro fármaco anticancerígeno, Methotrexate, atua ligando e inibindo a enzima que produz esse gene", acrescentou.
Outro enfoque é o adotado pelo professor Michael Weller, diretor de neurologia geral da clínica universitária de Tübingen, que utiliza moléculas menores de RNA para desativar um gene que impede que os tumores cerebrais sejam atacados pelo sistema imunológico do organismo. Nos experimentos realizados com ratos que apresentavam tumores cerebrais, estes se descompuseram totalmente com a perda da proteção pelo gene "silenciado", conhecido pelo nome de TGF-beta.
"Vimos primeiro os tumores crescerem e depois diminuírem de tamanho. Estou trabalhando nisso há dez anos e é a única tecnologia que nos permitiu produzir curas confiáveis no caso dos animais", afirma Weller, citado pelo The Independent. Os dois cientistas americanos que descobriram a interferência do RNA, Andrew Fire, da Universidade de Stanford, e Craig Mello, de Massachusetts, ganharam no ano passado o Nobel de medicina.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/246739/visualizar/
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