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Segunda - 22 de Janeiro de 2007 às 14:06
Por: Ubiratan Braga

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Os números não mentem. Estatísticas confirmam que nestes 22 dias iniciais do ano de 2007 já ocorreram 34 assassinatos na capital. No ano passado foram 335 em Cuiabá e Várzea Grande. Os registros se referem à área metropolitana. A considerar a velocidade da criminalidade, os atuais números tendem ultrapassar esta colocação se medidas ‘imperativas’ não forem promovidas. Assaltos, tráfico de drogas, crimes passionais, e uma série de outras ilicitudes contribuem para a triste e preocupante realidade.

Lei seca, renovação de comando, troca de secretário, edificação de novos presídios e delegacias, qualificação profissional, educação pertinente, novas tecnologias de prevenção, força nacional, aumento de efetivo, de faixa salarial, e o que mais? Vontade e união dos Poderes? Tudo isto junto e mais um pouco, com constância e respeito ao cidadão, não são suficientes se a própria sociedade não participar. Pode ser até paliativo, entretanto o crime e os criminosos retornam, sempre.

O sabor do proibido é sempre mais aguçado, dizem os mais experientes. Muitos jovens, por exemplo, por força da moda e incaucidade, prefere vender drogas de que iniciar uma vida laboral ganhando os míseros reais impostos pelo amargo e irrisório salário mínimo. Então, neste caso, o meio indica o fim.

Algo tem de ser feito, de imediato. Está, principalmente, na sociedade e nas políticas públicas de segurança o inicio do fim da criminalidade. Em Nova Iorque, já considerada a cidade mais perigosa do planeta medidas severas foram tomadas e a coisa mudou. A principio a população se sentiu enclausurada no direito de ir e vir, porém foi salutar.

Em outros estados brasileiros, idem. Na região Sul de Cuiabá (Coxipó), exemplo já ocorreu e reduziu, à época, percentuais significativos, quando os assassinatos baixaram de 19 para oito no mês seguinte (entre julho e agosto de 2005) por conta da ‘Lei Seca’.

Temos de correr contra o tempo, pois no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espirito Santo e São Paulo o crime organizado desafia tudo e todos com seu forte poder de mando. O poder paralelo por lá continua organizado e se ramificando cada vez mais no País. No Mato Grosso há quem duvide, pasmem! Teremos de experimentar esta amarga adrenalina, em sua dose maior, nas terras mato-grossenses? Não. De forma alguma nossa sociedade merece.

Temos de participar. Contribuir com os gestores da área, na medida em que pretendem tomar iniciativas propondo meios que levem ao alento da paz. O atual secretário de Justiça e Segurança pretende adotar a ‘Lei Seca’. Rogo por Deus que seja verdadeiro. Que se faça isto de imediato, então?

Como sugestão convoque a sociedade e os meios constituídos nesta força tarefa. Assim estará dando os primeiros passos de boa vontade em direção ao inicio do combate à criminalidade.

*Ubiratan Braga, é jornalista em Cuiabá





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