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Internacional
Domingo - 21 de Janeiro de 2007 às 21:48

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O governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), recuou e não vai pedir a reintegração de posse do prédio da Secretaria da Fazenda (Sefaz), pelo menos por enquanto. Uma ordem da justiça, expedida ontem, determinava que a Polícia Militar poderia reintegrar o prédio hoje pela manhã.

A Sefaz está ocupada por grevistas desde a última quarta-feira por causa de um decreto, editado pelo governador, que suspende os aumentos salariais concedidos de abril a outubro do ano passado para os servidores públicos. Professores, policiais civis, médicos e legistas do Instituto Médico Legal decretaram greve geral e avisam: só deixam o prédio da Sefaz quando o governador revogar o decreto.

De acordo com o ouvidor geral do Estado, Claudionor Araújo, uma nova reunião está marcada para amanhã entre os grevistas e o governo. "Os servidores nos encaminharam duas propostas. A equipe econômica está analisando hoje e amanhã daremos a resposta aos servidores", disse o ouvidor.

Para a reunião entre governo e grevistas, foram convidados representantes do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Assembléia Legislativa, Câmara de Vereadores da capital alagoana e o Ministério Público Estadual. "A ordem do governador é o diálogo, o diálogo e o diálogo. Estamos mostrando, de forma escancarada, todos os números, com as condições financeiras do nosso Estado", contou.

Em uma tentativa para resolver o impasse com os grevistas, o governador pediu uma antecipação de receita a grandes contribuintes alagoanos, como a Petrobrás. Foram conseguidos R$ 9 milhões. "Mas, este dinheiro não entrou porque a Secretaria da Fazenda está parada. Vamos pedir novamente aos servidores que deixem a Sefaz", apelou Araújo. Mas, na antecipação de receita, Vilela Filho avisou que não poderia pagar o aumento de 80% aos professores, prometido ano passado.

"Não podemos infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal", contou. Os demais servidores terão os aumentos pagos, mas eles decidem nesta semana se voltam ao trabalho ou se solidarizam com os professores e permanecem em greve.

Amanhã, o governador viaja a Brasília para acompanhar o lançamento do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), com o presidente Lula. Na terça-feira, ele terá, em Alagoas, uma nova reunião com os grevistas. "Esperamos resolver tudo isso na reunião de amanhã. Se isso acontecer, não haverá mais necessidade de reunião na terça-feira".

Em Alagoas, a greve fechou todas as delegacias, os corpos não são mais recolhidos nas ruas e a Unidade de Emergência, o maior hospital público do estado, só atende aos casos de urgência e emergência. Na Maternidade Santa Mônica, as UTIs neonatais estão superlotadas.





Fonte: Terra

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