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FSM discute esterilização em massa de mulheres
Religiosos e profissionais de saúde discutem neste domingo no Fórum Social Mundial alternativas para a esterelização em massa de mulheres. Em muitos países, o planejamento familiar com métodos como preservativos e pílulas anticoncepcionais são proibidos por motivos culturais e também religiosos.
No Brasil, desde a década de 70, movimentos de mulheres revindicam mais atenção à saúde sexual e reprodutiva das mulheres. Na época, diversas organizações denunciaram a prática excessiva de laqueaduras.
As mobilizações levaram o Ministério da Saúde a criar, em 1984, o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), que já previa ações de planejamento familiar.
Em maio de 2004, foi lançada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. O documento prevê ações específicas de atendimento às mulheres negras e trabalhadoras rurais, distribuição gratuita de preservativos e pílulas.
No ano passado, o Ministério da Saúde iniciou a distribuição de uma cartilha sobre direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais para apoiar as ações educativas em unidades de saúde e organizações comunitárias.
Pesquisa realizada e divulgada pela Universidade de Brasília mostra, no entanto, que as esterelizações continuam sendo um problema grave no país. O Brasil teria o maior índice de laqueaduras do mundo, com 40% das mulheres em idade reprodutiva esterilizadas. Nos Estados Unidos, esse índice é de 20% e na França, de 6%.
De acordo com o médico-ginecologista Antônio Carlos Rodrigues da Cunha, autor de tese de doutorado em Bioética pela Universidade de Brasília (UnB), "baixar esses índices depende principalmente de investimentos na oferta contínua pela rede pública de métodos anticoncepcionais e orientações incisivas dos serviços de planejamento familiar".
Cunha estudou o tema durante oito anos, de 1996 a 2005. Entrevistou cerca de 100 mulheres que passaram por esterlização nesse período. Quase 50% se submeteram à esterilização na faixa de 20 a 25 anos e 35% entre 26 e 30 anos, auge da fertilidade, incentivadas por parceiros e médico. A maior parte das entrevistadas (98) acabou se arrependendo da cirurgia e hoje busca formas de revertê-la.
No Brasil, desde a década de 70, movimentos de mulheres revindicam mais atenção à saúde sexual e reprodutiva das mulheres. Na época, diversas organizações denunciaram a prática excessiva de laqueaduras.
As mobilizações levaram o Ministério da Saúde a criar, em 1984, o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), que já previa ações de planejamento familiar.
Em maio de 2004, foi lançada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. O documento prevê ações específicas de atendimento às mulheres negras e trabalhadoras rurais, distribuição gratuita de preservativos e pílulas.
No ano passado, o Ministério da Saúde iniciou a distribuição de uma cartilha sobre direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais para apoiar as ações educativas em unidades de saúde e organizações comunitárias.
Pesquisa realizada e divulgada pela Universidade de Brasília mostra, no entanto, que as esterelizações continuam sendo um problema grave no país. O Brasil teria o maior índice de laqueaduras do mundo, com 40% das mulheres em idade reprodutiva esterilizadas. Nos Estados Unidos, esse índice é de 20% e na França, de 6%.
De acordo com o médico-ginecologista Antônio Carlos Rodrigues da Cunha, autor de tese de doutorado em Bioética pela Universidade de Brasília (UnB), "baixar esses índices depende principalmente de investimentos na oferta contínua pela rede pública de métodos anticoncepcionais e orientações incisivas dos serviços de planejamento familiar".
Cunha estudou o tema durante oito anos, de 1996 a 2005. Entrevistou cerca de 100 mulheres que passaram por esterlização nesse período. Quase 50% se submeteram à esterilização na faixa de 20 a 25 anos e 35% entre 26 e 30 anos, auge da fertilidade, incentivadas por parceiros e médico. A maior parte das entrevistadas (98) acabou se arrependendo da cirurgia e hoje busca formas de revertê-la.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/246950/visualizar/

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