Jovem confessa morte de jornalista na Turquia
A confissão foi anunciada hoje pelo promotor Ahmet Cokcinar, segundo a agência turca Anadolu.
O jovem, de17 anos, foi detido às 23h (hora local) em uma parada de ônibus, quando tentava viajar à cidade turca de Trabzon, onde vive.
A polícia turca havia identificado o suspeito do crime com base em informação fornecida pelo pai do acusado, informou o noticiário do canal NTV.
Dink era editor da publicação semanal bilíngüe Agos, escrita em turco e armênio.
Ele foi baleado em plena luz do dia na sexta-feira, quando saía de seu escritório, em Istambul.
Os jornais criticaram o governo por não proteger Dink, que vinha recebendo ameaças. Disseram que o racismo e o nacionalismo, que estão crescendo com a aproximação das eleições de maio e novembro, são, em última análise, os culpados pela morte.
Dink, de 52 anos, era cristão e descendente de armênios. Ele era freqüentemente criticado pelos nacionalistas turcos, inclusive políticos e promotores, por afirmar que a matança de armênios pelos turcos otomanos, durante a Primeira Guerra Mundial, foi um genocídio.
Os nacionalistas consideram essas afirmações uma ameaça à unidade nacional. O governo da Turquia, predominantemente muçulmano, nega um genocídio, e afirma que tanto armênios cristãos como turcos muçulmanos morreram em grande número na fase final do Império Otomano.
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