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Metrô optou por obra mais barata e arriscada
A mudança sugerida pelo Consórcio Via Amarela e acatada pelo Metrô acarretou na adoção da técnica de maior risco para construir o trecho da Linha 4, que entrou para a história de São Paulo como palco do pior acidente já registrado em obras desse gênero em São Paulo, com seis vítimas fatais. A opinião foi dada por dois dos maiores especialistas nessa linha, os geólogos Kenzo Hori e Adalberto Aurélio Azevedo ao jornal Folha de S.Paulo.
Os dois geólogos defendiam um método construtivo diferente do que foi adotado pelo consórcio com a concordância da estatal paulista. De acordo com eles, aquele trecho da linha deveria ser construído através de um equipamento conhecido como "shield" (escudo, em tradução literal) ou TBM (Tunnel Boring Machine), mais conhecido como "tatuzão".
O Consórcio Via Amarela, que venceu o edital, conseguiu mudar as regras da licitação, obrigava o vencedor a comprar dois "tatuzões". O consórcio comprou apenas um. "Para o trecho da Vila Sônia à Fradique Coutinho, o "shield" era recomendado por causa do risco", disse Hori - responsável pelo levantamento geológico da linha 4 quando trabalhava no Metrô.
A área do acidente é complexa do ponto de vista geológico em razão do que Hori chama de "estabilidade precária": "Aquele trecho do rio Pinheiros é uma região de várzea que foi urbanizada. Há sedimentos trazidos pelo rio, uma argila mole, areia, e só então a rocha. Há uma quantidade maior de solo ruim para perfurar túneis até chegar à rocha sã".
O trecho que desabou estava sendo construído com uma técnica chamada Novo Método Austríaco para Abertura de Túneis (NATM), que usa retroescavadeira e explosivos para perfurar as rochas.
Técnicas internacionais tende a apontar o "tatuzão" como mais seguro que o NATM. Entretanto, custa mais caro. O NATM é mais barato. Os equipamentos (retroescavadeira, perfuratriz para furar a rocha que será explodida e bomba para concreto) não custam mais do que R$ 500 mil e são o maquinário básico das empreiteiras. O problema deste procedimento seria a falta de segurança.
O Metrô foi contatado, mas não se manifestou sobre as críticas à troca do método construtivo em trecho da linha 4. O consultor do Consórcio Via Amarela enviou nota, na qual disse os métodos NATM, "shield" ou vala a céu aberto "são adequados, desde que utilizados considerando os mais variados condicionantes, como extensão da obra, forma, dimensões e maciço a ser escavado".
Os dois geólogos defendiam um método construtivo diferente do que foi adotado pelo consórcio com a concordância da estatal paulista. De acordo com eles, aquele trecho da linha deveria ser construído através de um equipamento conhecido como "shield" (escudo, em tradução literal) ou TBM (Tunnel Boring Machine), mais conhecido como "tatuzão".
O Consórcio Via Amarela, que venceu o edital, conseguiu mudar as regras da licitação, obrigava o vencedor a comprar dois "tatuzões". O consórcio comprou apenas um. "Para o trecho da Vila Sônia à Fradique Coutinho, o "shield" era recomendado por causa do risco", disse Hori - responsável pelo levantamento geológico da linha 4 quando trabalhava no Metrô.
A área do acidente é complexa do ponto de vista geológico em razão do que Hori chama de "estabilidade precária": "Aquele trecho do rio Pinheiros é uma região de várzea que foi urbanizada. Há sedimentos trazidos pelo rio, uma argila mole, areia, e só então a rocha. Há uma quantidade maior de solo ruim para perfurar túneis até chegar à rocha sã".
O trecho que desabou estava sendo construído com uma técnica chamada Novo Método Austríaco para Abertura de Túneis (NATM), que usa retroescavadeira e explosivos para perfurar as rochas.
Técnicas internacionais tende a apontar o "tatuzão" como mais seguro que o NATM. Entretanto, custa mais caro. O NATM é mais barato. Os equipamentos (retroescavadeira, perfuratriz para furar a rocha que será explodida e bomba para concreto) não custam mais do que R$ 500 mil e são o maquinário básico das empreiteiras. O problema deste procedimento seria a falta de segurança.
O Metrô foi contatado, mas não se manifestou sobre as críticas à troca do método construtivo em trecho da linha 4. O consultor do Consórcio Via Amarela enviou nota, na qual disse os métodos NATM, "shield" ou vala a céu aberto "são adequados, desde que utilizados considerando os mais variados condicionantes, como extensão da obra, forma, dimensões e maciço a ser escavado".
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/247047/visualizar/
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