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Internacional
Domingo - 21 de Janeiro de 2007 às 06:41

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A Europa limpava os escombros neste sábado após a violenta tempestade que deixou 45 mortos e grandes danos materiais, enquanto um navio de carga britânico com substâncias perigosas era rebocado para um porto da Grã-Bretanha após ter sofrido grandes avarias.

O continente europeu despertou neste sábado com um ligeiro vento, exceto na Holanda, onde ainda soprava forte, mas bem abaixo dos 200 km/h dos dias anteriores.

O mar, no entanto, seguia agitado no Canal da Mancha, e um navio de carga britânico, com substâncias perigosas, era rebocado para um porto do sul da Grã-Bretanha por causa dos danos sofridos.

Esparava-se que o navio chegasse a Portland (sul da Inglaterra) na manhã deste sábado, mas a guarda costeira britânica anunciou a decisão de 'estacioná-lo' perto da localidade de Sidmouth devido ao mau tempo durante a noite e aos "grandes danos" na estrutura do barco.

"A popa está se afundando cada vez mais e está se deteriorando", explicou a guarda.

A embarcação transporta quase 1.700 toneladas de matérias consideradas tóxicas pelo código marítimo de mercadorias perigosas em alguns de seus 2.394 contêineres. Os 26 membros da tripulação foram resgatados.

O balanço humano da tempestade é de 45 mortos. A Grã-Bretanha foi o país mais afetado, com o pior temporal em 17 anos e um saldo de 13 mortos e ventos de 160 km/h.

Na Alemanha, morreram 11 pessoas. Além disso, foram sete óbitos na Holanda, seis na Polônia, quatro na República Tcheca, três na França e dois na Bélgica.

A tormenta, que na Alemanha foi batizada com o nome de "Kyrill", provocou centenas de milhões de euros de danos em infra-estruturas, sobretudo nas redes de transporte e nos edifícios.

Cerca de 12.000 residências permaneciam sem energia elétrica na manhã deste sábado no leste da Alemanha, segundo porta-voz do grupo E.ON. No total, 60.000 moradias ficaram sem luz durante o temporal.

Na República Tcheca, a tormenta privou um milhão de casas de eletricidade e arrasou milhões de metros cúbicos de florestas, segundo a Agência Nacional de Florestas.

Na Polônia, 800.000 casas ficaram sem luz na sexta-feira, e ainda não foi feito o balanço dos danos, que são "enormes", entre eles o novo terminal do aeroporto de Varsóvia, que foi parcialmente fechado, segundo os bombeiros.

O vento arrancou mais de 200 telhados e 150.000 pessoas ficaram sem luz na Áustria, assim como 30.000 domicílios na região britânica de Gales.

O aeroporto de Schipol, de Amsterdã, sofreu danos, e o tráfego aéreo foi afetado nos aeroportos de Londres Heathrow e Gatwick.

"A situação voltou à normalidade", declarou neste sábado um porta-voz da companhia British Airways, que teve de cancelar quase de 200 vôos.

O custo total não foi determinado, mas algumas organizações de seguros começam a avaliar os danos. Na Alemanha, a conta é calculada em quase um bilhão de euros; na Holanda pode chegar a 200 milhões de euros e na Bélgica a 100 milhões de euros.

Segundo a televisão austríaca, as seguradoras poderão desembolsar entre 15 e 20 milhões de euros. Na Grã-Bretanha, a associação de seguradoras avalia em "centenas de milhões de libras" os danos, enquanto a imprensa fala em um bilhão de libras (1,52 bilhão de euros).





Fonte: EFE

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