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Documento traz acordo entre AUC e políticos colombianos
Um acordo fechado entre políticos e paramilitares em 2001, durante um dos períodos mais sangrentos da guerra suja empreendida pelas milícias na Colômbia, foi revelado hoje e envolve 16 congressistas e funcionários públicos da época. A revelação consta de um documento "secreto" cujo conteúdo foi publicado hoje pelo jornal colombiano El Tiempo. A notícia do acordo voltou a estremecer o ambiente político na Colômbia, que já havia sido abalado pelas ligações entre chefes paramilitares e importantes líderes do país, quase todos pertencentes à coalizão que dá sustentação ao presidente Alvaro Uribe no Congresso.
O documento foi entregue por Salvatore Mancuso, um dos chefes paramilitares desmobilizados, à Promotoria Pública durante a confissão de seus crimes em troca de uma sentença reduzida de prisão. "Todos aqui presentes assumiremos o compromisso de garantir os objetivos do Estado: a defesa da independência nacional, a defesa da integridade territorial e assegurar uma convivência pacífica e a vigência de uma ordem justa", afirma o acordo assinado por quatro integrantes da cúpula paramilitar.
"O documento é um compêndio da Constituição, e deste ponto de vista não tem nada de impróprio, mas o problema é que há pessoas que exerciam funções públicas reunidas com personagens acusados de ter violado a lei", disse o ministro do Interior e de Justiça, Carlos Holguín, à rádio Caracol. De acordo com Holguín, caberá agora à Justiça "indagar os presentes à reunião para se descobrir quais foram as circunstâncias e propósitos" para determinar se eles praticaram algum delito.
O documento foi assinado pelos chefes paramilitares Carlos Castaño, à época líder máximo das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), que foi assassinado ao que parece por ordem do próprio irmão Vicente Castaño, este chefe paramilitar prófugo; Mancuso e Rodrigo Tovar Pupo, ambos da cúpula das AUC e que se submeteram à Justiça e estão atualmente presos. Um dos presentes à reunião, o senador Miguel de la Espriella, que no ano passado informou sobre a existência do documento, afirmou hoje que "não há nada que possa nos incriminar".
O influente senador Juan Manuel López, um dos chefes do Partido Liberal, da oposição, também figura na lista das pessoas que participaram da reunião de 2001. O Partido Liberal explicou que o político foi obrigado a participar do pacto sob a ameaça de ser assassinado por Mancuso. "Tal circunstância me parece que explica o tipo de relação do mencionado senador com os chefes das Autodefesas, e os esforços que ele teve que realizar para salvar sua vida", disse o ex-presidente César Gaviria, do Partido Liberal, por meio de um comunicado.
A Corte Suprema de Justiça já ordenou a prisão de três congressistas da coalizão de governo, acusados de conspiração para o crime por suas relações com os paramilitares. Outros seis legisladores, acusados do mesmo delito, estão à espera de uma decisão da máxima corte, que poderá ordenar sua detenção ou deixá-los em liberdade. Além disso, outros três políticos estão sob investigação.
O documento foi entregue por Salvatore Mancuso, um dos chefes paramilitares desmobilizados, à Promotoria Pública durante a confissão de seus crimes em troca de uma sentença reduzida de prisão. "Todos aqui presentes assumiremos o compromisso de garantir os objetivos do Estado: a defesa da independência nacional, a defesa da integridade territorial e assegurar uma convivência pacífica e a vigência de uma ordem justa", afirma o acordo assinado por quatro integrantes da cúpula paramilitar.
"O documento é um compêndio da Constituição, e deste ponto de vista não tem nada de impróprio, mas o problema é que há pessoas que exerciam funções públicas reunidas com personagens acusados de ter violado a lei", disse o ministro do Interior e de Justiça, Carlos Holguín, à rádio Caracol. De acordo com Holguín, caberá agora à Justiça "indagar os presentes à reunião para se descobrir quais foram as circunstâncias e propósitos" para determinar se eles praticaram algum delito.
O documento foi assinado pelos chefes paramilitares Carlos Castaño, à época líder máximo das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), que foi assassinado ao que parece por ordem do próprio irmão Vicente Castaño, este chefe paramilitar prófugo; Mancuso e Rodrigo Tovar Pupo, ambos da cúpula das AUC e que se submeteram à Justiça e estão atualmente presos. Um dos presentes à reunião, o senador Miguel de la Espriella, que no ano passado informou sobre a existência do documento, afirmou hoje que "não há nada que possa nos incriminar".
O influente senador Juan Manuel López, um dos chefes do Partido Liberal, da oposição, também figura na lista das pessoas que participaram da reunião de 2001. O Partido Liberal explicou que o político foi obrigado a participar do pacto sob a ameaça de ser assassinado por Mancuso. "Tal circunstância me parece que explica o tipo de relação do mencionado senador com os chefes das Autodefesas, e os esforços que ele teve que realizar para salvar sua vida", disse o ex-presidente César Gaviria, do Partido Liberal, por meio de um comunicado.
A Corte Suprema de Justiça já ordenou a prisão de três congressistas da coalizão de governo, acusados de conspiração para o crime por suas relações com os paramilitares. Outros seis legisladores, acusados do mesmo delito, estão à espera de uma decisão da máxima corte, que poderá ordenar sua detenção ou deixá-los em liberdade. Além disso, outros três políticos estão sob investigação.
Fonte:
AE/AP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/247214/visualizar/
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