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Saúde
Domingo - 24 de Março de 2013 às 18:47

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No Brasil a cada 3 mortes de pessoas adultas, 2 são homens. A razão para o dado tão alarmante é simples e, na maioria dos casos, é possível prevenir. Maus hábitos e poucas idas ao médico garantem aos homens cerca de 7 anos a menos que as mulheres em média. Esses cuidados são importantes para que a menos homens percam a vida causa de sua própria negligência, que só por doenças do coração são 50 mil todos os anos. Esse fato pode ser conferido em consultórios de todo o país. Para o clínico geral e membro da Sociedade Internacional de Medicina Sexual, Carlos Eduardo Prado Costa, a frequência das mulheres é muito maior nos consultórios, porque os homens ainda têm preconceito em procurar um profissional de saúde.

Costa explica que para o homem ir ao médico é mostrar que também é frágil, o que acaba adiando a consulta para quando a doença chega a um estágio avançado e os sintomas já incomodam bastante. O resultado são as doenças crônicas e que precisam de tratamentos mais agressivos como o câncer de próstata. "Há um mito de que cada homem tem que ser o superhomem". A consulta segundo o médico expõe todas as fragilidades do homem, mostrando que ele é normal, o que não é bem aceito por eles.

Para a psicóloga Fernanda Borges Araújo a resistência dos homens é causada pelo sentimento de impotência, onde outra pessoa irá decidir o que ele terá que fazer. "Isso mostra o quanto o machismo ainda está arraigado nos homens". Araújo lembra que receber ordens de outra pessoa, mesmo que seja para o bem, faz com que o homem tente ao máximo resistir à imposição. Por isso acontecem os adiamentos de consultas, exames que não são mostrados para o médico e as mentiras ditas nos consultórios.

O tabu aumenta quando o assunto é o câncer de próstata, que pode ser diagnosticado pelo exame do toque. A psicóloga explica que esse é um tema evitado pelos homens, que chegam a mentir para o médico, em uma tentativa de ocultar a doença ou os seus sintomas. "Enquanto a mulher vai ao médico e despeja milhares de informações o homem, em geral, tenta esconder o máximo possível". Essa resistência aumenta a incidência de doenças como hipertensão, colesterol alto, câncer de próstata e doenças hepáticas depois dos 40 anos. A maioria desses problemas de saúde poderia ser evitado com hábitos saudáveis como exercícios físicos e consultas regulares ao urologista.

O sexo masculino também é mais propenso a desenvolver essas doenças por causa de fatores como ingestão de álcool e tabagismo. Uma pesquisa do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas mostra que no Brasil 9,1% dos homens bebem regularmente contra 1,7% das mulheres. Os homens também fumam mais, com 22,7% em comparação a 16% das mulheres. Apenas esses dois fatores já contribuem para o aumento de doenças do corações e cânceres, principalmente o de pulmão, faringe e fígado. Mas também são fatores de risco o sedentarismo e os maus hábitos alimentares que podem aumentar a incidência de doenças como colesterol alto, hipertensão e diabetes. Outro fator que aumenta os riscos é a predisposição genética, ou seja, doenças comuns na família.





Fonte: A Gazeta

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