Jungmann diz que acusações de procuradores são inaceitáveis
"É inacreditável que o uso de instrumentos legais por qualquer cidadão brasileiro possa ser entendido como obstrução à Justiça. É inaceitável a afirmação dos procuradores", afirma o deputado.
Os procuradores afirmaram que a postura de Jungmann demonstra que o parlamentar "não deseja ser investigado, processado e julgado pela Justiça brasileira". Eles também o acusam de ter recorrido ao STF para impedir o prosseguimento da ação.
O deputado alega que a Constituição permite aos agentes políticos serem julgados pelo STF nos casos que chegam ao tribunal. "O Supremo Tribunal Federal é o órgão máximo da Justiça brasileira e o processo, ao subir para o Supremo, passará pelo exame e acompanhamento do procurador-geral da República", diz.
Jungmann afirmou, ainda, estar seguro de que não cometeu nenhum ato de improbidade administrativa. "Não temo a investigação, muito pelo contrário. Mas exijo ser julgado pela instância competente, no caso o Supremo Tribunal Federal." Ação
Os procuradores acusam Jungmann de chefiar esquema que teria desviado R$ 33 milhões do Ministério de Desenvolvimento Agrário entre 1998 e 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso, quando comandou a pasta. As fraudes estariam em gastos de publicidade do Incra, órgão subordinado ao ministério.
Entre 2001 e 2002, o Incra fechou contratos com a Artplan de R$ 8,85 milhões. Raquel Branquinho e José Alfredo da Silva fizeram um aditamento à ação para que a informação da doação de R$ 20 mil da Artplan à campanha do deputado em 2002 passe a constar do processo.
Jungmann alegou que a Artplan participou de uma licitação absolutamente legal e lícita. "A doação de R$ 20 mil feita para a minha campanha também foi feita de acordo com as regras da legislação eleitoral."
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