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Sexta - 19 de Janeiro de 2007 às 09:13

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Segmentos da sociedade que reprovam a extinção do Batalhão de Polícia Ambiental realizaram manifestações ontem durante a tarde. Três organizações não–governamentais (ongs), a Associação das Famílias Milicianas e pescadores da Colônia Z1 colheram assinaturas em vários pontos da cidade para tentar anular a decisão com uma ação popular.

A mobilização deverá se estender pelos próximos dias. Hoje pela manhã, a concentração dos manifestantes acontece em frente ao Grande Templo, na avenida do CPA. “Vivemos em uma região pantaneira, em uma área amazônica, temos um ecossistema riquíssimo. Como vamos ficar sem um núcleo especializado para fiscalizar a legislação ambiental?”, questionou a bióloga e professora Valdivani Souza Moura.

Na praça Alencastro, em Cuiabá, um grupo expôs faixas contra o fim do órgão em uma mesa e passou a tarde abordando pedestres. A maioria das pessoas desconhecia a causa, mas ao se inteirar, preenchia o abaixo-assinado. “Fiquei sabendo da extinção agora, mas o governo vai criar um órgão equivalente?”, indagou o militar do Exército Edson Ferreira.

“Precisamos de cerca de 10 mil assinaturas para propor a ação. Conseguimos hoje mais de 1.500. Mato Grosso está regredindo com essa decisão”, disse um policial militar ambiental que acompanhava a mobilização, contrariando a proibição do estatuto militar.

Na Colônia de Pescadores Z1, ambientalistas, pescadores e familiares dos militares também recolheram assinaturas. Esposas de militares iriam ainda ao Comando Geral da Polícia pedir esclarecimentos sobre a extinção da unidade. “O que o governo tem de fazer é melhorar e dar apoio logístico e não anular o trabalho do batalhão”, defendeu a ambientalista da ong Proeco, Maria Bethânia.

Na avaliação do promotor de Meio Ambiente, Domingos Sávio, só haverá prejuízo com o fim do Batalhão caso o governo não crie novos mecanismos de fiscalização. “O governo pode até extinguir, desde que monte um sistema eficaz. O trabalho do Batalhão Ambiental é fraquíssimo, assim como todo o sistema de fiscalização ambiental do governo. O Batalhão é só uma faceta dessa fragilidade”, avaliou Sávio.





Fonte: Folhabnet

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