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Cidades/Geral
Sexta - 19 de Janeiro de 2007 às 08:26

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As pessoas que não têm hábito de tomar água e não se preocupam com os efeitos dessa carência no organismo estão sob ameaça de enfrentar situação inversa, no futuro. Não tem graça alguma pensar nisso. A ex-empregada doméstica, Damares Oliveira, 35, se envolvia no trabalho e esquecia de tomar água.

O comportamento perdurou até pouco tempo, quando ela descobriu que sofria de Lupus Eritematoso Sistêmico (LES); doença crônica de causa desconhecida que afeta entre outros órgãos, o funcionamento dos rins. Ontem, foi mais um dia de hemodiálise para ela.

Por semana, ele se submete a 12 horas de sessão, para que uma máquina trabalhe pelos rins que não funcionam mais. "Eu só tomava água à noite. Não sentia sede", conta Damares, apesar de incentivada pela filha Elida,15, que a acompanha nas sessões. "Eu vivia atrás da minha mãe com um copo se não ela não bebia água", conta a adolescente. "O máximo que ela tomava era uns dois copos o dia todo", diz.

Por causa da insuficiência renal, o médico proibiu Damares de ingerir mais que três copos de água por dia (600 mililitros), incluindo o que consome nos legumes, verduras e frutas que também. Se na época, ela contrariava o que é necessário para o bom funcionamento do organismo, hoje a dificuldade é seguir a ordem médica.

A sede que não havia, hoje surge em excesso. "Eu bebo um litro e meio por dia. Fico inchada, sinto falta de ar, cansaço e tenho dificuldade até de andar quando faço isso, mas eu bebo", afirma. O trabalho de Élida mudou. "Hoje ela não sai da geladeira. Eu tenho que ficar atrás dela para ela não tomar, mas não adianta", diz a filha. Quando tenta obedecer o médico, Damares chupa limão, ou faz gelo com limonada sem açúcar para enganar a sede. (JC)




Fonte: A Gazeta

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