Índios voltam à rodovia de MS para cobrar pedágio
A informação sobre o pedágio na MS-289 foi confirmada pela Delegacia de Polícia Civil de Coronel Sapucaia. Segundo seus agentes, motoristas indignados procuraram a delegacia para registrar queixa. Foram informados, no entanto, que assuntos ligados à questão indígena são responsabilidade da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal. Esse é o segundo posto de pedágio clandestino montado por índios em operação no País. No Amazonas, na altura do km 145 da Transamazônica, desde outubro do ano passado os índios tenharins cobram R$ 20 pela passagem de qualquer veículo.
Em Brasília, representantes dos tupiniquins e guaranis do Espírito Santo tentaram bloquear a Esplanada dos Ministérios, em frente ao Ministério da Justiça. A operação, iniciada às 10h45, foi interrompida cinco minutos depois pela Polícia Militar. Nos dois protestos, os índios exigiam a ampliação das reservas onde vivem. Os tupiniquins e guaranis prometem ficar em Brasília até conseguir uma audiência com o ministro da Justiça para cobrar a demarcação de uma área hoje nas mãos da Aracruz Celulose, que contesta a reivindicação.
Além de terras, os caiovás de Mato Grosso do Sul reivindicam a libertação de quatro companheiros presos desde 9 de janeiro. Os tenharins, por sua vez, querem ser indenizados pelo fato de suas terras serem cortadas pela rodovia. A intenção é manter o pedágio permanentemente.
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