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Quinta - 18 de Janeiro de 2007 às 06:54

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O racionamento que incomoda quem sempre tem água à vontade, para os netos de dona Rita Ferreira, do Águas Nascentes, ele é imposto sem muita explicação ou lógica. À espera que ela chegue, numa bacia improvisada com um pneu, eles não entendem porque não podem tomar banho quando sentem vontade. Em cima do tanquinho a roupa suja ganha volume.

Na pia, louça suja também se acumula. Andar seminu é a única forma que a família numerosa encontra para enfrentar a falta de água diante do calor intenso. "É impossível usar o banheiro. A gente faz as necessidades no mato ", lamenta dona Rita, ao mostrar o vaso sanitário dentro de uma casinha improvisada, instalada sobre uma fossa séptica.

O filho de Suzane, 22, nem nasceu, mas já é vítima das precárias condições e dos riscos gerados pela escassez da água. "Não sei como eu vou fazer. Ganho nenê no mês que vem e não sei como vai ser. Não tenho dinheiro para comprar fralda descartável", reclama. "Eles não entendem, mas não dá pra tomar banho quando quer. Esse tambor de 200 litros tem que durar dois dias pelo menos", calcula Rita, ao lembrar que o volume é dividido por pelo menos oito pessoas. (JC)




Fonte: A Gazeta

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