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Rio: escuta flagra homem "confessando" assassinato
Bebendo caipirinha no Morro da Providência, no centro do Rio de Janeiro, Wagner Evaristo da Silva Júnior, 23 anos, ligou para uma mulher e contou, com frieza, como matou o estudante de Farmácia Claudio Vinicius Gomes Menezes, 20, no último dia 4, no Recreio dos Bandeirantes. A conversa, que ocorreu três horas após o crime, foi gravada pela polícia com autorização da Justiça. Júnior e Marcos Eduardo dos Santos, o Boneca, 30, outro acusado, estão com a prisão decretada.
No telefonema, Júnior disse que foi ao Recreio roubar um carro e que escolheu o de Claudio porque era do mesmo modelo e marca que havia sido "encomendado". Ele lembrou que atirou quando a vítima deu marcha a ré.
"Engatou a ré, 'rapá'. Eu pendurado na porta, 'rapá'. Tive que 'dá' nele. Dei três, tia. Na cara", afirmou.
O estudante conversava, em seu Peugeot 307, com universitária, que não quer se identificar. Investigações da Divisão de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) apontam também um terceiro bandido, ainda não-identificado. Boneca teria dado cobertura a Júnior e o outro criminoso estaria esperando a dupla em um Santana Quantum prata - que não é roubado - usado na ação.
A DRFA investiga o caso com ajuda da 16ª DP (Barra da Tijuca), onde a ocorrência foi registrada. Terça-feira, Júnior foi perseguido em Santa Cruz por agentes da DRFA, mas fugiu. Como ele estava com duas crianças em carro, os policiais tiveram de ser cautelosos. Ontem, amigos e parentes de Claudio fizeram protesto contra a violência no Recreio.
A jovem, que chegou a ser apontada por algumas pessoas no local como suspeita, entrou em depressão. "Sobrevivi mas também fui vítima. Fiquei encolhida enquanto ele atirava. Depois liguei para a ambulância e ainda fiz respiração boca a boca. Tenho medo porque os assassinos estão soltos".
Testemunha vendia perfumes Segundo a universitária, ela e Claudio se conheceram quando a jovem tinha 14 anos, mas há muito tempo não se viam. Voltaram a se encontrar na faculdade onde os dois estudavam. Estudante de Direito, ela vendia perfumes e contou que se encontrou com Cláudio no dia do crime para mostrar os produtos a ele. Antes do ataque, o universitário já havia comprado um vidro.
"Passamos a nos falar muito pela Internet e foi assim que marcamos encontro naquele dia", disse ela, que pretendia levar os perfumes à casa de Cláudio para tentar vender aos pais dele.
"A mãe dele foi minha professora de Inglês em 2000, mas acho que ela não se lembra mais de mim. Como Cláudio disse que estava sozinho, preferiu me buscar e ver os perfumes ali no carro mesmo. Marcamos o encontro na padaria porque é complicado chegar até onde moro. Ficamos ali por quase uma hora, quando tudo aconteceu. Foi uma tragédia horrível", lembrou a jovem.
Escuta detalha como foi o crime O assaltante Júnior telefonou para uma mulher, que ele chama de tia, e contou com detalhes como foi o crime. Na ligação, ele disse ainda que estava na Providência com o comparsa Boneca bebendo caipirinha.
Tia: E aonde tu tá, Júnior?
Júnior: Tô aqui na Providência. Fomo, "fomo" lá no Recreio. Escuta aí. Tá escutando?
Tia: Tô, tô te ouvindo, fala! Júnior: "Fomo" lá no Recreio fazer uma "ficção", né. Pegar um, um bagulho lá. Uma encomenda do cara.
Tia: Hum! Júnior: Um Peugeot 307 do playboy dentro do carro com a mina.
Tia: Risos Júnior: De porta aberta... Enquadrei na moral. Joguei a mina pro banco de trás. Falei: 'Ó, pilota até ali que ali vou te largar'. Sabe que o cara fez tia? Ligou o carro e engatou a ré. Olha aí que "ficção". Engatou a ré, "rapá". Eu pendurado na porta, "rapá". Tive que "dá" nele. Dei três, tia. Na cara. Aí ficou "f...".
Tia: Vem cá, tu bebeu? Júnior: Por quê?
Tia: Tu bebeu? Júnior: Por quê?
Tia: Que você tá com uma voz engraçada. Júnior: É. Tô tomando uma caipirinha aqui com o Boneca. Só tomo dois golinho pô. Não tô bêbado, não.
Tia: Ah. Júnior: Aí rapa, o playboy foi reagir, cara! Olha aí que loucura!
No telefonema, Júnior disse que foi ao Recreio roubar um carro e que escolheu o de Claudio porque era do mesmo modelo e marca que havia sido "encomendado". Ele lembrou que atirou quando a vítima deu marcha a ré.
"Engatou a ré, 'rapá'. Eu pendurado na porta, 'rapá'. Tive que 'dá' nele. Dei três, tia. Na cara", afirmou.
O estudante conversava, em seu Peugeot 307, com universitária, que não quer se identificar. Investigações da Divisão de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) apontam também um terceiro bandido, ainda não-identificado. Boneca teria dado cobertura a Júnior e o outro criminoso estaria esperando a dupla em um Santana Quantum prata - que não é roubado - usado na ação.
A DRFA investiga o caso com ajuda da 16ª DP (Barra da Tijuca), onde a ocorrência foi registrada. Terça-feira, Júnior foi perseguido em Santa Cruz por agentes da DRFA, mas fugiu. Como ele estava com duas crianças em carro, os policiais tiveram de ser cautelosos. Ontem, amigos e parentes de Claudio fizeram protesto contra a violência no Recreio.
A jovem, que chegou a ser apontada por algumas pessoas no local como suspeita, entrou em depressão. "Sobrevivi mas também fui vítima. Fiquei encolhida enquanto ele atirava. Depois liguei para a ambulância e ainda fiz respiração boca a boca. Tenho medo porque os assassinos estão soltos".
Testemunha vendia perfumes Segundo a universitária, ela e Claudio se conheceram quando a jovem tinha 14 anos, mas há muito tempo não se viam. Voltaram a se encontrar na faculdade onde os dois estudavam. Estudante de Direito, ela vendia perfumes e contou que se encontrou com Cláudio no dia do crime para mostrar os produtos a ele. Antes do ataque, o universitário já havia comprado um vidro.
"Passamos a nos falar muito pela Internet e foi assim que marcamos encontro naquele dia", disse ela, que pretendia levar os perfumes à casa de Cláudio para tentar vender aos pais dele.
"A mãe dele foi minha professora de Inglês em 2000, mas acho que ela não se lembra mais de mim. Como Cláudio disse que estava sozinho, preferiu me buscar e ver os perfumes ali no carro mesmo. Marcamos o encontro na padaria porque é complicado chegar até onde moro. Ficamos ali por quase uma hora, quando tudo aconteceu. Foi uma tragédia horrível", lembrou a jovem.
Escuta detalha como foi o crime O assaltante Júnior telefonou para uma mulher, que ele chama de tia, e contou com detalhes como foi o crime. Na ligação, ele disse ainda que estava na Providência com o comparsa Boneca bebendo caipirinha.
Tia: E aonde tu tá, Júnior?
Júnior: Tô aqui na Providência. Fomo, "fomo" lá no Recreio. Escuta aí. Tá escutando?
Tia: Tô, tô te ouvindo, fala! Júnior: "Fomo" lá no Recreio fazer uma "ficção", né. Pegar um, um bagulho lá. Uma encomenda do cara.
Tia: Hum! Júnior: Um Peugeot 307 do playboy dentro do carro com a mina.
Tia: Risos Júnior: De porta aberta... Enquadrei na moral. Joguei a mina pro banco de trás. Falei: 'Ó, pilota até ali que ali vou te largar'. Sabe que o cara fez tia? Ligou o carro e engatou a ré. Olha aí que "ficção". Engatou a ré, "rapá". Eu pendurado na porta, "rapá". Tive que "dá" nele. Dei três, tia. Na cara. Aí ficou "f...".
Tia: Vem cá, tu bebeu? Júnior: Por quê?
Tia: Tu bebeu? Júnior: Por quê?
Tia: Que você tá com uma voz engraçada. Júnior: É. Tô tomando uma caipirinha aqui com o Boneca. Só tomo dois golinho pô. Não tô bêbado, não.
Tia: Ah. Júnior: Aí rapa, o playboy foi reagir, cara! Olha aí que loucura!
Fonte:
Agência O DIA
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/247754/visualizar/
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