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Educação/Vestibular
Quarta - 17 de Janeiro de 2007 às 19:40

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A cobertura da quadra de esportes cheia de pedras, sapatos e pedaços de pau denuncia o ataque dos vândalos. Esta era a realidade da Escola Municipal Maria Tomich, no bairro Ribeirão do Lipa, antes de aderir ao Projeto Escola da Família, que abre as unidades escolares aos finais de semana com cursos e oficinas gratuitos para a comunidade. Segundo o coordenador local do projeto, José Luiz Pinto, que também é funcionário da escola e o vigia da unidade, Alinor Gonçalves dos Santos, os casos de depredação vêm diminuindo depois que a comunidade começou a participar das atividades esportivas, de lazer, cultura e qualificação nos finais de semana.

Este é um dos objetivos do Projeto Escola da Família, despertar na comunidade o sentimento de pertencimento, saber que a escola lhe pertence e com isso passar a cuidar melhor dela. Para seo Alinor, responsável pela segurança desta escola há 7 anos, o comportamento muda porque a comunidade passa a ser beneficiada pela escola. “Antes a escola ficava fechada e agora abre com cursos, lazer para eles. Aqui foi uma melhoria para a escola e para o bairro também”, disse Alinor.

Exemplo observado também na Escola Municipal Aristotelino Alves Praeiro, no bairro 1º de Março. O vigilante da escola, Alceu salvador de Lara, conta que antes o prédio era constantemente atacado com tiros e pedradas. Os sinais de furo de bala na cobertura da quadra confirmam a informação.“Aqui servia de local para fazer tiro ao alvo, depois do projeto isso mudou”, disse o guarda, que também é morador do bairro. Ele registra também que depois da abertura da escola com o projeto nenhum vidro foi quebrado mais na unidade.

Para a coordenadora local, Maria Auxiliadora Santos Moreira, a mudança ocorreu justamente porque eles se sentem donos da escola. “Antes eles entravam só para quebrar, janelas, depredar mesmo, agora eles estão cuidando, nem fumar dentro da escola eles fumam mais”, destacou Maria Auxiliadora.

Assim tem ocorrido nos 12 bairros onde o projeto foi desenvolvido. Apesar de ter apenas 4 meses de funcionamento e ter tido um recesso em dois finais de semana, natal e ano novo, o Escola da Família tem conseguido resultados positivos. Até o dia 16 de dezembro foram registradas mais de 26 mil participações nas 1.168 oficinas ofertadas. (participação não significa pessoas, pois uma mesma pessoa pode participar de mais de uma oficina).

Implantado pela Prefeitura de Cuiabá em cooperação técnica com a UNESCO, o Escola da Família é um projeto de inclusão social que visa reduzir os índices de violência, principalmente entre os jovens e proporcionar à comunidade opções de lazer e qualificação. Além disso, tem atenção especial com o processo educacional, muitas atividades realizadas no final de semana contribuem para o desenvolvimento do currículo.

Como funciona – Cada escola monta o 'cardápio' (programação) das atividades do final de semana, de acordo com a necessidade e interesse da comunidade. A escolha é feita conforme a procura pelos cursos e por meio de consulta aos participantes.

As Escolas envolvidas são:

Orlando Nigro (Pedregal)

Alzira Valadares (Jardim Independência)

Doutor Fábio Firmino Leite (Doutor Fábio)

Darcy Ribeiro (Jardim Industriário)

Silva Freire (Jardim Itapajé)

Maria Tomich (Ribeirão do Lipa)

Marechal Rondon (Alvorada)

Jescelino Reiners (Novo Horizonte)

Aristotelino Alves Praeiro (bairro 1º de Março)

José Torquato da Silva (Residencial Coxipó)

Orzina de Amorim Soares (Jardim Vitória)

Ulisses Guimarães (bairro Ouro Fino).





Fonte: PMC

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