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Nacional
Quarta - 17 de Janeiro de 2007 às 14:39

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O coordenador da Defesa Civil de São Paulo, Jair Paca de Lima, disse hoje que foi constatada a inexistência de um plano de contigenciamento de acidentes na área onde as obras do Metrô desabaram na última sexta-feira. Na avaliação de Lima, se houvesse o plano, os danos provocados pelo acidente em Pinheiros poderiam ter sidos minimizados.

"Sem dúvida, se tivesse um isolamento no primeiro momento e um alarme para que as pessoas soubessem que deveriam deixar suas casas calmamente teríamos evitado a tragédia", afirmou. Paca explicou, no entanto, que havia um plano de segurança para os funcionários.

Paca lembra que os planos de emergência não estão previstos em lei municipal, mas, quando adotados, ajudam no planejamento das ações de socorro. Normalmente, o plano de contigenciamento é elaborado pelas construtoras sob a supervisão da Defesa Civil, levando em conta os potenciais riscos das obras e as possíveis conseqüências de acidentes.

"Agora temos que pensar no que fazer daqui pra frente", disse o coordenador da Defesa Civil de São Paulo, que é favorável à obrigatoriedade do plano de contigenciamento nas obras.

Segundo ele, o órgão não chegou a receber informações sobre possibilidade de desmoronamento ou problemas na estrutura de casas mais próximas à construção que desabou. Em outras áreas, mais distantes, reclamações foram enviadas pelos moradores e resultaram em vistorias da Defesa Civil e da prefeitura.

Lima afirmou que a reclamações mais freqüentes dos moradores da região diziam respeito às explosões realizadas pelas construtoras para a construção do Metrô. A Defesa Civil teria entrado em contato com as construtoras, que passaram a notificar o órgão, com antecedência, sobre as explosões.

As obras do Metrô em Pinheiros estão sob a responsabilidade de um consórcio de empresas que inclui as construtoras Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.

Um inquérito para apurar responsabilidades pelo acidente foi instaurado pela 3ª Delegacia da Seccional Oeste. O Ministério Público também investiga o caso. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) foi contratado pelo próprio Metrô para dar um laudo técnico.





Fonte: Terra

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