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Cidades/Geral
Quarta - 17 de Janeiro de 2007 às 08:54

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Uma parceria entre a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e o Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso colocará à disposição das escolas da rede estadual de ensino os serviços exclusivos de um policial militar. A notícia foi dada nesta terça-feira (16.01) pelos dois dirigentes da pasta: o secretário de Educação, Luiz Antônio Pagot, e o comandante-geral da PM, coronel Adaildon Evaristo de Moraes Costa, durante uma reunião realizada no auditório da Seduc, com cerca de 150 diretores de escolas de Cuiabá e Várzea Grande.

A ação faz parte do projeto “Meta Escola”, ramificação da política de segurança pública que o atual comandante-geral da PM pretende implementar no estado, que visa ao policiamento por metas segmentadas, isto é, diagnóstico dos problemas de segurança pontuais e a implementação de metas para resolvê-los.

Além dos policiais militares exclusivos, as escolas também passam a contar com inspetores escolares. “Estamos tomando uma série de medidas para melhorar a segurança no entorno de nossas escolas”, disse Luiz Antônio Pagot. O secretário informou ainda que os policiais militares começam a atuar a partir do dia 12 de fevereiro, início do ano letivo de 2007 da rede estadual de ensino.

Conforme o comandante-geral, a reunião foi o pontapé para difundir e implementar em todo o Estado o projeto “Meta Escola”. Nos próximos dias, comandantes da PM, de todas as regiões do Estado se reunirão com os diretores das escolas estaduais para definir a implantação do projeto. O comandante-geral garante que o “Meta Escola” não prejudica o efetivo da PM, já que o policial atuará durante o seu plantão e na sua área, com um foco mais específico para a escola.

O projeto funcionará em uma ação integrada entre o policial militar designado à escola e a comunidade escolar. “O policial age como um pedagogo-social, um mediador de conflitos. A idéia é fazer com que o policial se envolva com a comunidade escolar. Com isso, assim que houver algum problema nas dependências ou imediações da instituição, ele será acionado”, explicou Adaildon.

O policial exclusivo – ou policial Meta Escola - visitará a escola e fará ronda em seu entorno por duas horas a cada plantão. Com isso, será possível que ele identifique os problemas de segurança enfrentados pela escola, delineando como meta acabar com eles. “O policial militar poderá trabalhar de forma ostensiva ou preventiva. Eles interagem de tal maneira que participam de reuniões de pais e mestres e proferem palestra sobre segurança, drogas e trânsito aos alunos”, observou o comandante-geral.

Projeto-piloto

O projeto “Meta Escola” foi implantado no ano de 2006 nas 33 escolas estaduais de Rondonópolis (218 km ao Sul de Cuiabá) e, de acordo com o capitão James Jacio Ferreira, reduziu a violência dentro e no entorno das escolas. “Em 19 de dezembro do ano passado, fizemos uma reunião com os diretores para a avaliação do projeto e pudemos observar que o projeto levou a sensação de segurança, o que possibilita aos diretores e ao corpo docente uma tranqüilidade maior para se empenharem em suas atividades pedagógicas”.

O capitão citou dois casos ocorridos nas escolas de Rondonópolis sanadas pelos policiais “Meta Escola”. O de um diretor ameaçado por traficantes e da recuperação de 13 alunos-problema de uma única escola. “Essa última escola fica num bairro periférico e os alunos estavam envolvidos com droga e na marginalidade. A diretora e policial implantaram um projeto de ‘resgate’ e conseguiram recuperar os alunos”, contou o capitão.





Fonte: 24HorasNews

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