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Polícia Brasil
Quarta - 17 de Janeiro de 2007 às 07:12

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Ângela Senna, irmã do milionário Renné Senna, assassinado dia 7 em Rio Bonito (RJ), disse, em depoimento à polícia, que descobriu, em visita à fazenda da vítima em novembro passado, que o ganhador da Mega-Sena estava sendo medicado com calmantes sem saber. Segundo ela, o irmão estava sonolento durante o almoço, quase dormindo sobre prato. Perguntado sobre a sonolência, Renné explicou que era efeito do remédio para controlar diabetes.

A irmã afirmou à polícia que foi à cozinha da fazenda e constatou que, na verdade, Renné tomava calmantes no lugar do remédio para a doença. O advogado Alexandre Dumans, que defende a viúva, Adriana Almeida, disse que era ela quem ministrava a medicação do marido. "Isso prova que ela não queria matá-lo. Se quisesse, poderia ter trocado por qualquer medicação mais perigosa".

Segundo ele, o interesse maior na morte de Renné seria da filha única do milionário, Renata Senna, e do noivo dela, que ainda não tinham "independência financeira". Dumans afirmou que Renné teria se separado da ex-mulher, Malvina Almeida, mãe de Renata, porque a teria flagrado com outro homem. O milionário teria ficado tão irritado que até teria atirado para cima.

Para o criminalista, o milionário poderia ter cultivado desafetos entre os próprios ex-seguranças. "Renné chegou a humilhar alguns deles, que foram demitidos com xingamentos", contou.

O cabo do 12º BPM (Niterói) Márcio Martins de Souza, um dos seguranças da fazenda de Renné, prestou depoimento na 119ª DP (Rio Bonito).

O cabo Martins negou ter sido contratado pela viúva, como Renata havia dito em depoimento. De acordo com o PM, o próprio Renné o chamou, em setembro, para ganhar salário de R$ 180 por plantão. Ele cumpria média de 10 plantões por mês.

Segundo o delegado Ademir Silva, o segurança informou que o casal tinha relação normal, com algumas brigas. O conflito mais sério teria ocorrido dia 5, dois dias antes do crime. Martins não soube dizer se Adriana teria saído de casa após a briga. Na fazenda, há nove seguranças e cinco funcionários.




Fonte: Agência O DIA

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