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Polícia Brasil
Quarta - 17 de Janeiro de 2007 às 00:15
Por: Alex Cavalcanti

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Um banco de dados integrando os serviços de inteligência das polícias do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo começa a funcionar na próxima quinta-feira. Este é o resultado prático do primeiro encontro de trabalho do Comitê de Gestão Integrada de Segurança do Sudeste, que começou hoje em Vitória.

O anúncio foi feito pelo Secretário de Segurança do Espírito Santo, Coronel Nivaldo Campos, após o fim dos trabalhos desta terça-feira. Segundo o secretário, os técnicos das secretarias de segurança dos quatro Estados do Sudeste estão terminando de definir os protocolos e aspectos técnicos da interface do banco de dados, que será atualizado em tempo real e compartilhado pela Internet.

A primeira reunião de trabalho do Comitê aconteceu na sede da Secretaria de Segurança, em Vitória. O encontro foi aberto pelo vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço (PSDB), que destacou a importância da integração entre as forças policiais dos estados para garantir avanços no combate ao crime organizado.

Depois da abertura, os representantes dos outros Estados conheceram as instalações e sistemas do Centro Integrado de Operações de Defesa Social, que reúne as centrais de operação das Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal de Vitória. A experiência, inédita no País, é apontada como referência em integração do trabalho policial.

Após a visita, os membros do Comitê, formado por quatro representantes de cada Estado, se reuniram a portas fechadas. Além de sistematizar os procedimentos de trabalho para as próximas reuniões, eles decidiram criar o banco de dados integrado para compartilhar informações sobre crimes, prisioneiros, criminosos foragidos e detalhes de ocorrências policiais.

A reunião prossegue nesta quarta-feira, quando deve ser anunciada a data e local do próximo encontro. De acordo com o secretário de Segurança do Espírito Santo, o banco de dados é apenas o primeiro passo, mas outras propostas de ações conjuntas já estão sendo estudadas e devem ser implementadas a partir do próximo encontro.

Protestos Enquanto as autoridades da segurança pública estavam reunidas, cerca de 30 investigadores de Polícia civil aprovados em um concurso de 1993 e que ainda não foram nomeados protestaram do lado de fora da Secretaria de Segurança Pública. Eles denunciam a falta de efetivo da Polícia Civil no Espírito Santo e o descumprimento por parte do governo de uma ordem judicial que determinou a nomeação de cerca de 800 candidatos aprovados e que já fizeram o curso da academia de polícia.

De acordo com o presidente da Associação dos Investigadores da Polícia Civil, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil tem mais de 14 mil inquéritos parados por falta de pessoal para investigar. "O governo fala em integração e cobra do governo federal a contratação de policiais, mas não faz o mesmo no Estado. Essas pessoas já foram aprovadas e cursaram a Academia de Polícia. Mas até hoje, não foram nomeadas", denuncia Fialho Júnior.

O governo do Estado informou, por meio da assessoria de imprensa, que os concursados não foram nomeados porque não foram aprovados. Só conseguiram o direito de passar pela Academia da Polícia Civil e ser diplomados como investigadores mediante decisão judicial.




Fonte: Terra

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