Consultas ao SCPC sobem 6% na 1ª quinzena do ano

O número de consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou crescimento de 6% na primeira quinzena de janeiro deste ano, sobre o mesmo período de 2006. Os dados foram divulgados hoje pela entidade. Segundo a ACSP, as consultas ao UseCheque aumentaram 4% no mesmo período.

Para o presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, depois de um resultado fraco nos últimos dias de 2006, o movimento do varejo foi positivo no início de 2007. "Isto se deve, em grande parte, às liquidações e promoções feitas pelo comércio nos primeiros dias de janeiro", disse. Ele salienta, porém, que a tendência para o segunda quinzena de janeiro é de desaceleração, em função do feriado prolongado de aniversário de São Paulo, no próximo dia 25.

A ACSP informou também que os registros recebidos (dívidas incluídas) pelo SCPC cresceram 9,3% nos primeiros 15 dias do ano, enquanto que o número de registros cancelados (dívidas excluídas) foi praticamente igual ao da primeira quinzena de janeiro de 2006.

Afif afirma que a alta observada entre os registros recebidos é significativa, mas adverte que os resultados da quinzena não podem ser extrapolados para o mês. "De qualquer forma, existe a preocupação com o crescimento da inadimplência nos primeiros meses de 2007, em função da forte expansão do crédito em 2006 e dos pesados compromissos que os consumidores enfrentam nos meses de janeiro e fevereiro."

O presidente da ACSP disse esperar que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha, em sua próxima reunião, dias 23 e 24, a trajetória de queda da taxa Selic e reduza os juros básicos da economia em 0,5%. Segundo ele, essa redução poderia diminuir o risco de inadimplência, pois, apesar do aumento de consumo verificado, outros indicadores, como o do emprego na indústria, ainda preocupam. "Todas as estimativas de inflação para o ano apontam para uma taxa inferior à meta fixada, apesar das altas sazonais de preços, o que permite a continuidade da redução dos juros," opinou.