Ferrovias em MT dependem de mais infraestrutura e agilidade em Santos
De acordo com o gerente de negócios da Seara – empresa responsável pelo terminal –, Dirceu Dias, hoje, o principal problema dos portos brasileiros é a falta de infraestrutura e tecnologia. “Não adianta nós termos um terminal moderno aqui no interior, que agiliza todo o escoamento da produção e ainda barateia o frete, se quando chega lá, a demora para o carregamento dos navios é imensa, o que deixa os caminhões parados nas estradas e com isso, os vagões cheios de grãos”, relatou.
Conforme o gerente, para se ter uma ideia, quando chove no porto de Santos ou de Paranaguá, não tem como fazer o carregamento, porque os navios precisam ficar fechados para não entrar água e prejudicar os grãos. “Atualmente, toda a manutenção está em dia e o terminal tem escoado em média 1,2 mil toneladas de grãos por hora. São 75 empregos diretos, além de outros benefícios que a ferrovia trouxe para a região, como restaurantes e asfalto até o terminal, facilitando o acesso”, explicou.
Diante da situação, as obras do Complexo Intermodal de Rondonópolis (CIR) já estão em fase de conclusão. De acordo com informações da América Latina Logística (ALL), empresa responsável pela construção dos trilhos, até agora, a terraplanagem de todo o complexo e todo o sistema de drenagem foi concluída. O trecho novo também está interligado, permitindo o acesso entre Alto Araguaia e Rondonópolis. Por enquanto, o que falta concluir é a tulha de carregamento, a moega, o armazém, o pátio de estacionamento e de classificação. A atual previsão de inauguração é para o mês de maio.
A ALL está investindo cerca de R$ 700 milhões no projeto Expansão Malha Norte, que prevê a construção do trecho ferroviário ligando Alto Araguaia a Rondonópolis, ampliando em 260 quilômetros a extensão da malha ferroviária. Até o porto de Santos serão 1,7 mil quilômetros. Aqui na região, a promessa é beneficiar a safra 2013/2014.
Devem ser gerados cerca de três mil empregos diretos e indiretos. Serão aproximadamente 400 hectares de área construída com modernas operações de carga e descarga ferroviária. O atendimento será de 1,2 mil caminhões por dia e a capacidade de carga de 120 vagões em seis horas, com operações independentes, permitindo o embarque simultâneo de dois trens com produtos diferentes.
No Centro Comercial está prevista a construção de um shopping para atender tanto caminhoneiros como a população da região de Rondonópolis, bem como contar com lojas comerciais e de serviços, tais como bancos, farmácias, mercados, chaveiros, copiadoras, além de um setor de alimentação, outro de serviços públicos e um hotel com 100 quartos.
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