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Prefeito Maur Mendes alega que salário de R$ 9,2 mil dos assesores é "defasado"
"Indenização" para secretários dá despesa de R$ 2 milhões
Thiago Bergamasco
Mauro Mendes alega que salários dos secretários estão "defasados" e defende verba indenizatória
A verba indenizatória aprovada pela Câmara para secretários e presidentes de autarquias do Município, nesta semana, causará um impacto de R$ 2 milhões, anualmente, nas contas públicas municipais.
O cálculo é feito com base no benefício de R$ 7 mil que 18 titulares de secretarias mais o procurador-geral do município, a ouvidora-geral, o controlador-geral e os presidentes do Cuiabá Prev, Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) e Agência Municipal de Água e Esgotamento Sanitário (Amaes) receberão.
O benefício foi solicitado pelo prefeito Mauro Mendes, na mesma mensagem encaminhada à Câmara em que pediu o aumento de sua verba indenizatória de R$ 21 mil para R$ 25 mil. As duas solicitações foram aprovadas por unanimidade. Leia mais AQUI.
Nesta semana, em entrevista, Mendes alegou que o incremento para seu staff foi necessário devido aos salários defasados de R$ 9,2 mil.
Com a aprovação do benefício, segundo ele, estarão extintas as diárias.
“Os salários estão abaixo do mercado e nós criamos a verba para recompor um pouco a questão salarial e também para extinguir uma indústria das diárias. A partir de agora, nenhum secretário terá diária, seja aqui no Estado ou para ir a Brasília. O valor que receberem também servirá para outros gastos”, disse o prefeito.
De acordo com dados da Prefeitura de Cuiabá, as diárias destinadas para o secretariado, até então, eram de R$ 320,00.
Apesar de considerar uma "medida econômica", o Município não especificou o quanto era gasto por mês com o benefício.
Sem contradição
Além do aumento na verba indenizatória e da criação do benefício, a mensagem do prefeito solicitou a diminuição em seu salário, que passará de R$ 22 mil para R$ 17 mil.
A redução, segundo o próprio gestor, será responsável por uma economia de R$ 1,5 milhão. O valor leva em conta a redução no salário de 73 servidores, que têm o vencimento vinculado ao prefeito.
Questionado se não seria uma contradição aumentar o salário dos secretários e presidentes de autarquias e, ao mesmo tempo, diminuir o vencimento de 73 funcionários, Mendes justificou que o staff tem “grandes responsabilidades”.
“Os secretários têm cargos de extrema responsabilidade e com salários que até então estavam defasados. Caso ocorra algum problema judicial, eles respondem com os próprios bens, que podem ser bloqueados. Nenhum outro servidor dispõe de seus bens além do secretariado”, definiu.
Mauro Mendes também justificou que o salário abaixo do mercado foi o motivo para demorar a formar seu staff. “Tive muita dificuldade em encontrar devido ao salário, foi preciso invocar o espírito público”, disse.
Fonte:
Mídia News
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