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Cidades/Geral
Terça - 16 de Janeiro de 2007 às 16:34

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Três casas desabadas, 16 bairros inundados e cerca de 200 famílias desabrigadas. Esse foi o resultado do estrago provocado pela chuva que castigou o município de Cáceres, no início da semana, entre domingo e segunda-feira. Foram 18 horas de chuvas ininterruptas. De acordo com o serviço de metereologia, choveu em um único dia cerca de 270 milímetros, volume previsto para todo o mês de janeiro. O rio Paraguai, continua subindo em média, 20 centímetros, diariamente, desde o início da semana. Pulou de 3,73 metros na tarde de domingo para 4,20 às 16 horas de ontem.

Ainda não foi feito um balanço oficial do prejuízo. Sabe-se, no entanto, que dezenas de moradores perderam móveis, eletrodomésticos e até o que havia de comida. Uma força tarefa liderada pelo Corpo de Bombeiros e o Exército, através do 2º Batalhão de Fronteira (2º B.Fron) trabalha desde as primeiras horas de segunda-feira, no socorro as famílias atingidas pela enxurrada. As pessoas que ainda não voltaram para a casa estão alojadas em abrigos improvisados em várias escolas públicas. O Exército e a prefeitura estão fornecendo alimentação para 200 pessoas, deste de segunda-feira.

Apesar da água ter baixado, ontem ainda havia pontos de alagamentos em vários bairros. De manhã, o prefeito Ricardo Henry, acompanhado de técnicos da Defesa Civil do Estado, vistoriou os locais mais castigados. Para a tarde estava prevista a visita do vice-governador Sinval Barbosa e vários secretários de Estado na cidade. A viagem foi cancelada diante do mau tempo em Cuiabá. A idéia seria fazer uma avaliação dos prejuízos e enviar um relatório para vários ministérios em Brasília, no sentido de viabilizar recursos para execução de obras, principalmente, de drenagens e canalização em diversos bairros do município.

Junto ao governo do Estado, o prefeito Henry está viabilizando cestas básicas, cobertores e medicamentos para os desalojados. No município, a secretaria de Saúde, começou na manhã de ontem, a distribuição de hipoclorito de sódio para limpeza das casas e adicionar na água para o consumo humano. A iniciativa visa precaver contra doenças provocadas pela água infectada.

Na parte operacional, o Corpo de Bombeiros e Exército, concentram os trabalhos na zona rural. A equipe formada por 120 homens retirou várias árvores que caíram durante o temporal, impedindo o tráfego de veículos de várias comunidades ao centro da cidade. A ponte de concreto que liga o centro a Vila Irene, foi interditada devido ao risco de desabamento. A de madeira que liga o assentamento de trabalhadores do Paio ao centro também foi condenada.

Embora o pior já tenha passado ontem o Corpo de Bombeiros, ainda atendeu 12 ocorrências - a maioria de transporte de pessoas, de bens e resgate e captura de animais. Número considerado insignificante em comparação as 322 registradas entre domingo e segunda-feira. Apesar da cota de alerta estipulada pela Defesa Civil ser de 5,40 metros, a situação do rio Paraguai, com a enchente é preocupante. Ontem choveu 31 milímetros e a previsão é de que, mesmo que em menor intensidade, chova nos próximos três dias na região.





Fonte: 24HorasNews

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