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Terça - 16 de Janeiro de 2007 às 15:21

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A intensificação do período chuvoso trouxe de volta a preocupação com um velho conhecido dos rondonopolitanos: o caramujo africano. Segundo informações do Centro de Zoonoses da cidade o molusco reapareceu em vários pontos da cidade. A maior incidência foi registrada no Jardim Tropical, e nas vilas Operária, Aurora, e Planalto. Além do aumento da umidade, a explicação é o mato que cresce nos milhares de terrenos baldios existentes no município.

Segundo o biólogo do Centro de Zoonozes de Rondonópolis, José Marcio Silva, o caramujo africano depende de área verde para se alimentar. O mato, aliado à umidade e aos ‘esconderijos’ proporcionados por lixo e entulho, tornam os terrenos baldios altamente favoráveis à sobrevivência e proliferação dos moluscos.

“Durante o período de seca os caramujos não conseguem sobreviver. A maioria morre, mas os ovos ficam depositados no solo e eclodem no período chuvoso. Um único caramujo pode ter até quatro posturas durante o ano, cada uma com até 600 ovos”, ressalta José Marcio.

Na avaliação do biólogo, o combate aos terrenos baldios é a forma mais eficiente de combater o problema. Ele ressalta a importância dos proprietários tomarem conhecimento da importância de manterem os terrenos limpos e orienta os moradores a denunciarem quando isso não ocorrer.

“Não adianta você erradicar o caramujo africano da sua residência, se no terreno ao lado ele prevalece. Se o proprietário não tomar a iniciativa, é preciso que ela seja notificado a providenciar a limpeza e conservação do terreno”, disse.

Doenças

A proliferação do Caramujo Africano pode causar um desequilíbrio ambiental e também pôr em risco a vida de humanos. O biólogo José Márcio da Silva explica que o muco liberado pelo molusco durante a locomoção pode conter protozoários causadores de doenças graves.

“O contato com o protozoário pode levar à angiostrongilíase meningoencefálica humana, que causa febre alta, dor de cabeça forte e constante, vômito, rachadura na pele, retenção urinária, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso, além de poder provocar cegueira e até mesmo, a morte. Outra doença é a popular Barriga D’Água, ou angiostrongilíase abdominal, que causa perfuração intestinal e hemorragia com dor intestinal, febre prolongada, anorexia e vômitos”, explica o biólogo.

Para evitar problemas, o Centro de Zoonoses de Rondonópolis orienta a população a manter os terrenos e quintais e limpos e também eliminar os moluscos encontrados. Para isso é preciso esmagá-lo numa superfície dura (para que seus ovos sejam também destruídos) e jogar sal para desidratá–lo e, por ultimo, recolher os restos incinerar ou jogar no lixo.

“É importante evitar o contato direto com o molusco, utilizando luvas, pás e outras ferramentas”, destaca José Márcio.

As pessoas interessadas em obter mais informações ou registrar denunciar de focos do Caramujo Africano em terrenos baldios devem procurar o Centro de Zoonoses (3411-5188) ou a Vigilância Sanitária do Município (3411-5023).





Fonte: Primeira Hora

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