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Cesta básica registra aumento pelo sétimo mês consecutivo em Cuiabá
Pelo sétimo mês seguido a cesta básica de alimentos registrou aumento em Cuiabá. Segundo levantamento feito pela KGM Soluções Institucionais, responsável pela pesquisa, o preço da cesta ficou em R$ 169,18 em dezembro, ante R$ 162,31 registrados em novembro passado, ou seja, um reajuste de 4,23%.
Com isso, Cuiabá fecha o último mês do ano em sexto lugar, de acordo com ranking de cestas básicas, medido pelo Dieese, que realiza a mesma pesquisa em outras 16 capitais brasileiras. Na pesquisa feita pelo Dieese, apenas outras quatro capitais registraram aumento no valor da cesta básica em dezembro de 2006. São elas Fortaleza (2,82%), Goiânia (2,19%), Natal (2,13%) e Belém (0,44%).
Já Florianópolis (-5,42%), Aracaju (-5,38%) e Curitiba (-5,34%) sofreram uma queda expressiva. Os itens que mais sofreram aumento em Cuiabá no mês de dezembro, conforme dados da KGM, foram o tomate (16,4%), a banana (9,8%) e o café (3,2%). Por outro lado, a farinha de trigo apresentou redução de 2,6%.
Segundo o economista e consultor da KGM, Maurício Munhoz, “mais uma vez a banana e o tomate tiveram grande influência no aumento da cesta básica em Cuiabá”. Na opinião do presidente do Conselho Federal de Economia, Aurelino Levy Dias de Campos, o tomate, a banana e o café não são plantados em Cuiabá, “vêm de fora, e no período da chuva fica mais difícil à colheita e transportá-lo”.
Em outras 12 capitais pesquisadas pelo Dieese o tomate apresentou queda nos preços. O café ficou mais caro em outras 10 capitais. O arroz, produto muito usado por todas as classes sociais, teve um aumento em cinco capitais, por estar no período da entressafra. Esse aumento não ocorreu em Cuiabá.
“Como nós temos estoque regulador muito alto que não foi consumido, não poderia ter variação para mais ou pra menos porque a oferta do arroz está bem maior do que a capacidade de consumir das famílias cuiabanas”, ressalta Levy Dias.
Balanço - A KGM realiza o trabalho mensalmente, desde janeiro de 2006, quando a cesta básica na capital mato-grossense custava R$ 168,91; em junho teve uma queda e chegou a R$ 142, 86, fechando em alta no mês de dezembro, no valor de R$ 169,18.
Para o economista Vivaldo Lopes, a variação foi mínima, o que é um sinal de estabilidade econômica, tanto no Estado quanto no país. “Se considerarmos que nesse período Mato Grosso passou por uma turbulência econômica e a crise do agronegócio, a variação da cesta básica não foi ruim, ficou estável”, analisou.
Já na avaliação de Levy Dias de Campos, a sazonalidade da produção de alguns fatores externos da própria cultura justificam essa alteração, “seja a questão do imposto, transporte, clima, exportação e importação. Esses são fatores que contribuem para a alta e baixa nos produtos, porque nós acabamos consumindo muitas coisas que não temos e não produzimos”.
O salário mínimo está previsto para aumentar R$ 30 no mês de abril e chegar a R$ 380. Para Vivaldo Lopes, um salário mínimo “não é suficiente para uma família de quatro pessoas sobreviver com dignidade”.
Para a doméstica Manuela Pereira Silva, 52, por exemplo, “os valores dos alimentos estão altos, tem que baixar um pouco, aumenta de centavo em centavo e somando tudo aí vemos a diferença no bolso. O aumento do salário não vai refrescar em nada porque o alimento também aumenta”.
O aumento da cesta básica “é um absurdo”, na opinião da dona-de-casa Agnela Maria Pereira, 50, para quem, em se tratando de alimentos, “subiu quase tudo".
Com isso, Cuiabá fecha o último mês do ano em sexto lugar, de acordo com ranking de cestas básicas, medido pelo Dieese, que realiza a mesma pesquisa em outras 16 capitais brasileiras. Na pesquisa feita pelo Dieese, apenas outras quatro capitais registraram aumento no valor da cesta básica em dezembro de 2006. São elas Fortaleza (2,82%), Goiânia (2,19%), Natal (2,13%) e Belém (0,44%).
Já Florianópolis (-5,42%), Aracaju (-5,38%) e Curitiba (-5,34%) sofreram uma queda expressiva. Os itens que mais sofreram aumento em Cuiabá no mês de dezembro, conforme dados da KGM, foram o tomate (16,4%), a banana (9,8%) e o café (3,2%). Por outro lado, a farinha de trigo apresentou redução de 2,6%.
Segundo o economista e consultor da KGM, Maurício Munhoz, “mais uma vez a banana e o tomate tiveram grande influência no aumento da cesta básica em Cuiabá”. Na opinião do presidente do Conselho Federal de Economia, Aurelino Levy Dias de Campos, o tomate, a banana e o café não são plantados em Cuiabá, “vêm de fora, e no período da chuva fica mais difícil à colheita e transportá-lo”.
Em outras 12 capitais pesquisadas pelo Dieese o tomate apresentou queda nos preços. O café ficou mais caro em outras 10 capitais. O arroz, produto muito usado por todas as classes sociais, teve um aumento em cinco capitais, por estar no período da entressafra. Esse aumento não ocorreu em Cuiabá.
“Como nós temos estoque regulador muito alto que não foi consumido, não poderia ter variação para mais ou pra menos porque a oferta do arroz está bem maior do que a capacidade de consumir das famílias cuiabanas”, ressalta Levy Dias.
Balanço - A KGM realiza o trabalho mensalmente, desde janeiro de 2006, quando a cesta básica na capital mato-grossense custava R$ 168,91; em junho teve uma queda e chegou a R$ 142, 86, fechando em alta no mês de dezembro, no valor de R$ 169,18.
Para o economista Vivaldo Lopes, a variação foi mínima, o que é um sinal de estabilidade econômica, tanto no Estado quanto no país. “Se considerarmos que nesse período Mato Grosso passou por uma turbulência econômica e a crise do agronegócio, a variação da cesta básica não foi ruim, ficou estável”, analisou.
Já na avaliação de Levy Dias de Campos, a sazonalidade da produção de alguns fatores externos da própria cultura justificam essa alteração, “seja a questão do imposto, transporte, clima, exportação e importação. Esses são fatores que contribuem para a alta e baixa nos produtos, porque nós acabamos consumindo muitas coisas que não temos e não produzimos”.
O salário mínimo está previsto para aumentar R$ 30 no mês de abril e chegar a R$ 380. Para Vivaldo Lopes, um salário mínimo “não é suficiente para uma família de quatro pessoas sobreviver com dignidade”.
Para a doméstica Manuela Pereira Silva, 52, por exemplo, “os valores dos alimentos estão altos, tem que baixar um pouco, aumenta de centavo em centavo e somando tudo aí vemos a diferença no bolso. O aumento do salário não vai refrescar em nada porque o alimento também aumenta”.
O aumento da cesta básica “é um absurdo”, na opinião da dona-de-casa Agnela Maria Pereira, 50, para quem, em se tratando de alimentos, “subiu quase tudo".
Fonte:
Olhar Direto
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/248230/visualizar/
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