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Internacional
Segunda - 15 de Janeiro de 2007 às 17:38

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Ex-rebeldes comunistas tomaram posse hoje no Parlamento interino do Nepal, aderindo à política nacional pela primeira vez na história do país e deixado para traz uma década de insurgência brutal. Os 83 maoístas tomaram seus lugares na legislatura de 330 assentos, numa cerimônia de posse que foi transmitida ao vivo pela televisão nacional. "Viemos aqui com uma nova visão e novas idéias para fazermos um Nepal melhor", disse Krishna Bahadur Mahara, porta-voz maoísta e novo membro do Parlamento.

Os novos congressistas maoístas, a maioria vestindo casaco cinza, entraram em fila na sede do Poder Legislativo, em Katmandu, capital nepalesa. Eles apertaram as mãos de outros deputados e congratularam com eles. Para grande parte dos ex-guerrilheiros, acostumados a viver nas selvas do Nepal, foi a primeira visita ao Parlamento. No início do dia, o presidente da Casa, Subash Nemwang, anunciou a dissolução do antigo Parlamento, depois de os congressistas terem aprovado,por unanimidade,uma nova Constituição. Imediatamente depois, o Parlamento foi substituído por uma legislatura interina.

Políticos veteranos também elogiaram os novos tempos no Nepal. "A adoção de uma nova Constituição e a presença maoísta na casa estabelecerão a paz e a estabilidade no país", disse Sushil Koirala, do Congresso Nepalês, o maior partido da nação Himalaia. "Caminhamos agora na direção de estabelecer um novo Nepal, e seguir o caminho para que possamos responder às aspirações de nosso povo", disse Bharat Mohan Adhikari, do Partido Comunista do Nepal, outro grande participante da coalizão de governo.

Os ex-guerrilheiros - que travaram uma guerra de uma década com forças governamentais que deixou pelo menos 13 mil mortos - se transformaram no segundo maior grupo do Parlamento. Os ex-rebeldes também se juntarão a um governo interino que entre outras atribuições, ficará responsável pala realização de eleições no final deste ano. A Constituição aprovada hoje terá validade até que uma assembléia especial, que deverá ser eleita ainda este ano, possa preparar uma carta Magna permanente. Os maoístas assinaram um acordo de paz com o governo no ano passado. Os rebeldes vinham lutando desde 1996 por um Estado comunista no Nepal. Ainda nesta semana, eles deverão entregar suas armas a monitores das Nações Unidas.





Fonte: AE/AP

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