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Saúde
Segunda - 15 de Janeiro de 2007 às 13:46

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Cientistas britânicos estão tentando criar uma goma de mascar que suprima o apetite e seja usada para combater a obesidade.

A equipe do Imperial College, de Londres, está desenvolvendo uma droga baseada em um hormônio natural do aparelho digestivo que imita a resposta do organismo de "barriga cheia".

Um tratamento com injeção pode estar disponível dentro de um prazo de cinco a oito anos, mas o objetivo no longo prazo é produzir uma forma que possa ser absorvida pela boca.

Um em cada cinco adultos na Grã-Bretanha é obeso, mas essa proporção pode aumentar para um em cada três até 2010.

O hormônio em questão é chamado polipeptídio pancreático (PP), que o corpo produz depois de cada refeição para garantir que a alimentação não saia do controle.

Há evidências de que algumas pessoas têm maior quantidade do hormônio do que outras, e o excesso de peso reduz os níveis produzidos.

Isso cria um círculo vicioso, causando um aumento de apetite, uma inabilidade para resistir à tentação da comida e a elevação do peso.

Testes preliminares mostraram que doses moderadas do hormônio podem reduzir a quantidade de alimentos consumida por voluntários saudáveis - de 15% a 20%.

A equipe agora recebeu recursos de mais de US$ 4 milhões do Wellcome Trust para levar avante suas pesquisas.

Além de uma goma de mascar, eles acreditam que a droga pode ser incorporada a um spray nasal.

Problema

Steve Bloom, chefe da pesquisa, disse: "Nós temos um problema e não sabemos como resolvê-lo. Nós chegamos à idéia de goma de mascar porque pessoas obesas gostam de mastigar."

A equipe de Bloom notou primeiro o efeito do hormônio em um grupo de pacientes com um determinado tumor no pâncreas que leva à geração de maior quantidade de PP.

Os organismos são mantidos permanentemente magros por longos períodos, e ainda assim pareciam não sofrer efeitos negativos do hormônio.

Os pesquisadores ainda não puderam estudar pacientes obesos, mas testaram o hormônio em um pequeno grupo de 35 pessoas com o peso um pouco acima da média, porém saudáveis.

Participantes da pesquisa receberam injeções de PP ou de uma solução de sal sem saber qual das duas.

Depois eles foram convidados a comer o quanto quisessem em um bufê.

Ao mesmo tempo, eles tiveram que responder a um questionário sobre a intensidade de sua fome.

Os que receberam o hormônio tinham menos fome e comeram de 15% a 25% a menos do que os que receberam o placebo.

Um tratamento verdadeiro terá como objetivo a redução da ingestão de alimentos de 5% a 10% inicialmente, e depois a manutenção do controle do apetite com uma pequena redução de cerca de 1%.

Ted Bianco, do Wellcome Trust, disse: "Mais de 30 mil mortes por ano são causadas por obesidade só na Inglaterra, então há uma clara necessidade de desenvolver um tratamento para resolver o problema."





Fonte: BBC Brasil

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