Mortes no trânsito aumentaram em Rondonópolis em 2006

A estatística revela que o número de acidentes e de mortes no trânsito de Rondonópolis aumentou em 2006. De acordo com os levantamentos feitos junto ao Samu, Hospital Regional, Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) e o Departamento do Instituto Médico Legal (IML), o número de mortes no trânsito da cidade subiu de 39 em 2005, para 58 em 2006. A Setrat registrou 2369 acidentes de trânsito ocorridos na cidade em 2006. O que supera as estatísticas do ano anterior, quando foram registrados 2339 acidentes.

Estes números levam a Secretaria de Trânsito e Transporte do Município a adotar medidas emergenciais, em busca da solução dos problemas mais graves. A decisão de implantar rotatórias na avenida Presidente Médici, por exemplo, diminuiu em cerca de 60% os acidentes no local. Na avaliação da população, a medida foi fundamental para garantir segurança. Para o cinegrafista Juliano Fernandes dos Santos (28), está tudo mais tranqüilo.

“A modernização trouxe segurança para pedestres, ciclistas e motoristas, ficou ótimo”, disse. O empresário instalado na Médici, Antônio Alípio de Lima (51), garante que no começo foi meio complicado, “o motorista demorou um pouco pra se acostumar com as mudanças, mas eu acredito que a intenção da Administração é melhorar cada vez mais, e isso é bom pra cidade” Fiscalização-Além das mudanças nas ruas e avenidas, com obras de modernização, para garantir mais tranqüilidade é preciso ter fiscalização.

O trabalho dos Agentes de Trânsito, conhecidos como “amarelinhos”, faz parte do processo de conscientização e a população aprova o serviço. O mototaxista Luiz Carlos Lacerda (48) diz que a presença dos amarelinhos é importante, “eles estão aí pra garantir um trânsito mais seguro e, o que traz mais resultado é que a fiscalização diminui a presença de motoristas menores andando pelas ruas da cidade, isso já é lucro para todos”.

Os agentes reconhecem como principal retorno do trabalho, a conscientização da população. “Na teoria, motoristas, motoqueiros, pedestres e ciclistas, sabem o que é certo e o que é errado; mas, na prática o comportamento é meio complicado. Nós, amarelinhos, estamos nas ruas, para fazer um trânsito melhor e mais humano, e para isso passamos por treinamentos e cursos. Agora nós aguardamos a resposta da população nas ruas, e que todos passem a respeitar mais as leis, garantindo assim menos acidentes”, fala o Agente José Francisco.

Além desse trabalho, de mudanças através da engenharia de trânsito, com construção de rotatórias, sinalização e fiscalização, a SETRAT quer retomar o programa de educação, realizado no ano passado. As crianças foram o alvo principal da formação, com a distribuição de 13 mil livros para as bibliotecas. Para o Prefeito Adilton Sachetti, os estudantes são bons multiplicadores e, educados, serão motoristas mais conscientes.