5 assassinatos em 24h eleva para 20 número de vítimas

Em 24 horas, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) registrou um saldo de cinco assassinatos na Grande Cuiabá, praticamente uma morte a cada quatro horas. Três vítimas morreram no sábado e outras duas na madrugada de ontem, uma no bairro Carrapicho, em Várzea Grande, e outra no Pedra 90 em Cuiabá. Os crimes de ontem têm em comum o fato de ambos terem ocorrido por pedradas.

O índice é assustador, pois apenas nos 14 primeiros dias do ano a DHPP já contabiliza 20 assassinatos, o que corresponde a uma média de mais de uma morte por dia. Na manhã de ontem, moradores da segunda etapa do bairro Pedra 90 foram surpreendidos com mais um homicídio, depois de alguns dias de trégua na região, que nos últimos meses tem sido extremamente violenta.

O corpo de Antônio Marciano Branco Nonato, 18, foi encontrado por volta de 7 horas de ontem, na Avenida Integração Três, mas a polícia acredita que ele tenha morrido por volta de 5 horas. Marciano foi morto a pedradas e, segundo informações da DHPP, tudo indica tratar-se de um acerto de contas. Investigadores da delegacia já têm três suspeitos do crime, apesar de todos estarem foragidos.

Moradores não ouviram nada de anormal na madrugada, embora como normalmente acontece em grande parte dos homicídios, por medo de envolvimento com a Justiça, a comunidade, temendo represálias por parte de criminosos, acaba optando pela "lei do silêncio".

Em Várzea Grande, um homem foi assassinado a pedradas no bairro Carrapicho, região periférica da cidade. O aposentado Valmir Pedro Pires de Oliveira, 56, era morador do próprio bairro e morreu na madrugada de ontem. O corpo foi encontrado por populares, numa rua da região.

Até o momento a polícia não tem suspeitos do crime e também não sabe os motivos do homicídio. O corpo do aposentado foi levado ainda de madrugada para o Instituto de Medicina Legal (IML). O caso será investigado pela DHPP.