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Sarkozy: ampliação "sem limites" destruiria UE
Nicolas Sarkozy, anunciado oficialmente hoje candidato à Presidência da França pelo partido conservador governante UMP afirmou que a União Européia (UE) "deve ter fronteiras", e reiterou sua oposição à eventual entrada da Turquia no bloco.
"Com a ampliação sem limites da Europa, corremos o risco de destruir a união política européia. Eu nunca aceitarei isso", disse Sarkozy, ao apresentar suas prioridades em seu discurso, após ser escolhido pela UMP para as eleições presidenciais francesas de abril-maio de 2007.
Foi um discurso dominado por sua visão e por seus projetos para a França, mas no qual também abordou, rapidamente, temas de política externa, como a UE, o Mediterrâneo e os Estados Unidos.
Sarkozy, que continua sendo ministro do Interior, disse que "nem todos os países do mundo têm vocação para integrar a Europa, começando pela Turquia, que não tem lugar dentro da UE".
"Acho que nem na Europa", disse o candidato, que acredita que, sem a UE, as velhas nações não terão peso na globalização.
"Nossos valores não poderão ser defendidos, e o risco de um choque de civilizações aumentará", alertou.
O candidato indicou que não retomará a Constituição Européia, que ele mesmo apoiou, mas que os franceses, assim como os holandeses, rejeitaram em seus respectivos referendos, no primeiro semestre de 2005.
Segundo Sarkozy, a "urgência" é a UE voltar a funcionar com um tratado simplificado, em alusão ao mini-tratado, centrado na parte institucional.
Ele defendeu uma Europa na qual nenhum país possa obrigar outro a fazer o que não quiser, mas também onde nenhum possa impedir os outros de avançarem.
No âmbito econômico, o candidato da UMP se pronunciou a favor de uma Europa que "proteja" e que não seja "um cavalo de Tróia de todos os dumpings, que exija reciprocidade no comércio, e que tenha um Governo econômico".
Ele reiterou a rejeição a qualquer regularização em massa de imigrantes ilegais em um país da UE, sem a permissão prévia de seus países-membros.
Por outro lado, pediu que não se dê as costas ao Mediterrâneo, onde uma parte essencial do destino da França está em jogo.
"É uma prioridade da política externa da França, que deve promover uma estratégia euro-africana, tendo o Mediterrâneo como pivô", afirmou.
Sarkozy, que seus detratores criticam por um "atlantismo" declarado, afirmou que a guerra dos Estados Unidos no Iraque era "um erro", e enalteceu o atual presidente francês, Jacques Chirac, que "honrou a França" ao se opor à guerra.
"Apesar de continuar sendo fiel a sua amizade com os Estados Unidos, a França deve falar como um povo livre", disse o candidato da UMP.
"Quero uma França que sempre fale com os EUA como com um amigo, que sempre lhes diga a verdade e que saiba dizer ''não'' quando estiverem errados, violarem o direito das nações ou das pessoas, ou quando quiserem americanizar o mundo", disse Sarkozy, que acredita na "pluralidade das culturas".
O candidato foi muito criticado na França por suas declarações durante uma viagem aos EUA, em setembro de 2006, quando se reuniu com o presidente George W. Bush e apostou na reconstrução "sem arrogância" da relação transatlântica.
"Com a ampliação sem limites da Europa, corremos o risco de destruir a união política européia. Eu nunca aceitarei isso", disse Sarkozy, ao apresentar suas prioridades em seu discurso, após ser escolhido pela UMP para as eleições presidenciais francesas de abril-maio de 2007.
Foi um discurso dominado por sua visão e por seus projetos para a França, mas no qual também abordou, rapidamente, temas de política externa, como a UE, o Mediterrâneo e os Estados Unidos.
Sarkozy, que continua sendo ministro do Interior, disse que "nem todos os países do mundo têm vocação para integrar a Europa, começando pela Turquia, que não tem lugar dentro da UE".
"Acho que nem na Europa", disse o candidato, que acredita que, sem a UE, as velhas nações não terão peso na globalização.
"Nossos valores não poderão ser defendidos, e o risco de um choque de civilizações aumentará", alertou.
O candidato indicou que não retomará a Constituição Européia, que ele mesmo apoiou, mas que os franceses, assim como os holandeses, rejeitaram em seus respectivos referendos, no primeiro semestre de 2005.
Segundo Sarkozy, a "urgência" é a UE voltar a funcionar com um tratado simplificado, em alusão ao mini-tratado, centrado na parte institucional.
Ele defendeu uma Europa na qual nenhum país possa obrigar outro a fazer o que não quiser, mas também onde nenhum possa impedir os outros de avançarem.
No âmbito econômico, o candidato da UMP se pronunciou a favor de uma Europa que "proteja" e que não seja "um cavalo de Tróia de todos os dumpings, que exija reciprocidade no comércio, e que tenha um Governo econômico".
Ele reiterou a rejeição a qualquer regularização em massa de imigrantes ilegais em um país da UE, sem a permissão prévia de seus países-membros.
Por outro lado, pediu que não se dê as costas ao Mediterrâneo, onde uma parte essencial do destino da França está em jogo.
"É uma prioridade da política externa da França, que deve promover uma estratégia euro-africana, tendo o Mediterrâneo como pivô", afirmou.
Sarkozy, que seus detratores criticam por um "atlantismo" declarado, afirmou que a guerra dos Estados Unidos no Iraque era "um erro", e enalteceu o atual presidente francês, Jacques Chirac, que "honrou a França" ao se opor à guerra.
"Apesar de continuar sendo fiel a sua amizade com os Estados Unidos, a França deve falar como um povo livre", disse o candidato da UMP.
"Quero uma França que sempre fale com os EUA como com um amigo, que sempre lhes diga a verdade e que saiba dizer ''não'' quando estiverem errados, violarem o direito das nações ou das pessoas, ou quando quiserem americanizar o mundo", disse Sarkozy, que acredita na "pluralidade das culturas".
O candidato foi muito criticado na França por suas declarações durante uma viagem aos EUA, em setembro de 2006, quando se reuniu com o presidente George W. Bush e apostou na reconstrução "sem arrogância" da relação transatlântica.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/248557/visualizar/
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