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Morales elogia revolta de camponeses contra governador de Cochabamba
O presidente da Bolívia, Evo Morales, elogiou a revolta dos produtores de coca contra o governador do departamento de Cochabamba, Manfred Reyes Villa, em um conflito no qual duas pessoas morreram.
"Quero parabenizar a consciência do movimento camponês. Quando o povo reage, reage. Eu respeito a decisão dos companheiros", disse o governante, apoiando assim a reivindicação dos cocaleiros, que exigem a renúncia de Reyes Villa.
O governante se reuniu no sábado à noite com os dirigentes da Federação de Cocaleiros do Trópico - o sindicato que lidera a mobilização e do qual Morales é presidente há duas décadas - na cidade de Cochabamba. Depois, viajou para o Equador, onde assistirá aos atos de posse presidencial de Rafael Correa.
Durante um intervalo da reunião, Morales disse aos jornalistas que os produtores de coca, que afirmam que o governador cometeu várias irregularidades nos primeiros onze meses de sua gestão, têm razão ao pedir a renúncia de Reyes Villa.
"Fiquei surpreso com as denúncias que recebi contra o governador, que é acusado de ter enganado e humilhado o povo com uma administração falha", disse Morales.
O Chefe de Estado falou assim das acusações de corrupção, incitação à violência, gastos indevidos e de contrariar a vontade do povo com um referendo autônomo, apesar deste já ter sido feito em 2006, quando a população de Cochabamba rejeitou por maioria esse tipo de sistema político-administrativo na região.
Morales confirmou em seu diálogo com os cocaleiros que há uma "decisão firme" em torno do pedido de renúncia do governador.
Reyes Villa, que está na cidade de Santa Cruz amparado por seus colegas desse departamento, e de Tarija, Pando e Beni, negou as afirmações do presidente, e o criticou por "jogar mais lenha na fogueira".
"Na verdade, o que eles (Morales e os cocaleiros) querem é derrubar o governador de Cochabamba para gerar um efeito dominó, e assim derrubar todos os governadores que não estão alinhados com o Governo", afirmou Reyes Villa ao jornal "Opinión".
Na sexta-feira, o governador insinuou a possibilidade de abandonar a idéia de convocar um novo referendo sobre autonomia. Os cocaleiros responderam suspendendo o bloqueio das rodovias, que havia sido iniciado na terça-feira.
No entanto, a estrada que vai de Cochabamba a Santa Cruz continua bloqueada, apesar de os dirigentes camponeses terem admitido hoje que estão agindo para acabar com a medida.
Hoje, o dirigente cocaleiro Asterio Romero disse à Efe que, na reunião, Morales se mostrou "muito preocupado com os bloqueios e confrontos" registrados na semana passada, que, além das duas mortes, deixaram mais de 200 feridos.
Romero, secretário de Atas da Federação de Cocaleiros, anunciou que os camponeses avaliarão hoje a conversa com seu líder, e definirão novas ações para alcançar seu objetivo, que é a destituição do governador do departamento.
Enquanto isso, centenas de agricultores continuam ocupando uma praça importante e algumas avenidas da cidade de Cochabamba e bloqueando o tráfego.
A pedido dos governadores da oposição, a Igreja Católica, a Assembléia Permanente dos Direitos Humanos e o Defensor Público tinham aceitado na sexta-feira intermediar o conflito e tinham iniciado as conversas.
Mas o Defensor Público Waldo Albarracín disse hoje à Efe que ainda não existem as condições necessárias para dar inicio ao diálogo entre Reyes Villa e os que pedem sua renúncia e que, portanto, as conversas continuarão.
"Quero parabenizar a consciência do movimento camponês. Quando o povo reage, reage. Eu respeito a decisão dos companheiros", disse o governante, apoiando assim a reivindicação dos cocaleiros, que exigem a renúncia de Reyes Villa.
O governante se reuniu no sábado à noite com os dirigentes da Federação de Cocaleiros do Trópico - o sindicato que lidera a mobilização e do qual Morales é presidente há duas décadas - na cidade de Cochabamba. Depois, viajou para o Equador, onde assistirá aos atos de posse presidencial de Rafael Correa.
Durante um intervalo da reunião, Morales disse aos jornalistas que os produtores de coca, que afirmam que o governador cometeu várias irregularidades nos primeiros onze meses de sua gestão, têm razão ao pedir a renúncia de Reyes Villa.
"Fiquei surpreso com as denúncias que recebi contra o governador, que é acusado de ter enganado e humilhado o povo com uma administração falha", disse Morales.
O Chefe de Estado falou assim das acusações de corrupção, incitação à violência, gastos indevidos e de contrariar a vontade do povo com um referendo autônomo, apesar deste já ter sido feito em 2006, quando a população de Cochabamba rejeitou por maioria esse tipo de sistema político-administrativo na região.
Morales confirmou em seu diálogo com os cocaleiros que há uma "decisão firme" em torno do pedido de renúncia do governador.
Reyes Villa, que está na cidade de Santa Cruz amparado por seus colegas desse departamento, e de Tarija, Pando e Beni, negou as afirmações do presidente, e o criticou por "jogar mais lenha na fogueira".
"Na verdade, o que eles (Morales e os cocaleiros) querem é derrubar o governador de Cochabamba para gerar um efeito dominó, e assim derrubar todos os governadores que não estão alinhados com o Governo", afirmou Reyes Villa ao jornal "Opinión".
Na sexta-feira, o governador insinuou a possibilidade de abandonar a idéia de convocar um novo referendo sobre autonomia. Os cocaleiros responderam suspendendo o bloqueio das rodovias, que havia sido iniciado na terça-feira.
No entanto, a estrada que vai de Cochabamba a Santa Cruz continua bloqueada, apesar de os dirigentes camponeses terem admitido hoje que estão agindo para acabar com a medida.
Hoje, o dirigente cocaleiro Asterio Romero disse à Efe que, na reunião, Morales se mostrou "muito preocupado com os bloqueios e confrontos" registrados na semana passada, que, além das duas mortes, deixaram mais de 200 feridos.
Romero, secretário de Atas da Federação de Cocaleiros, anunciou que os camponeses avaliarão hoje a conversa com seu líder, e definirão novas ações para alcançar seu objetivo, que é a destituição do governador do departamento.
Enquanto isso, centenas de agricultores continuam ocupando uma praça importante e algumas avenidas da cidade de Cochabamba e bloqueando o tráfego.
A pedido dos governadores da oposição, a Igreja Católica, a Assembléia Permanente dos Direitos Humanos e o Defensor Público tinham aceitado na sexta-feira intermediar o conflito e tinham iniciado as conversas.
Mas o Defensor Público Waldo Albarracín disse hoje à Efe que ainda não existem as condições necessárias para dar inicio ao diálogo entre Reyes Villa e os que pedem sua renúncia e que, portanto, as conversas continuarão.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/248561/visualizar/
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