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Nacional
Domingo - 14 de Janeiro de 2007 às 06:01

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O temporal que caiu sexta-feira no norte do Rio de Janeiro diluiu a camada de lama que vazou da barragem da indústria Rio Pomba Cataguases, em Miraí, Minas Gerais, e chegou a atingir Itaperuna, a segunda cidade fluminense afetada pelo desastre ambiental. Assim, foi possível tratar a água do rio Muriaé e evitar corte no abastecimento. No entanto, as autoridades locais abriram alerta para o risco de contágio por leptospirose na região, por conta da sujeira acumulada nas casas e ruas de Itaperuma e Laje do Muriaé, primeiro município do Rio prejudicado pela lama e que teve o fornecimento de água cortado.

Na sexta-feira à noite, em Muriaé, moradores queimaram móveis destruídos pela lama em protesto contra a demora na limpeza da cidade.

Sábado, o presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Wagner Victer, e o secretário de Ambiente do Rio, Carlos Minc, afirmaram que vão processar a Rio Pomba pelos gastos com a tragédia. "Cobraremos isso da indústria e dos controladores da Cataguases, esses pilantras, esses criminosos que até agora não ligaram nem para oferecer um copo d¿água", atacou o presidente da Cedae.

Até sábado, as chuvas no Rio haviam deixado 5.797 mil desabrigados, 19.068 desalojados e 27 mortos. A última vítima, Talabi dos Santos, 25 anos, foi arrastada seis quilômetros pela correnteza do rio Paraíba do Sul, que transbordou.




Fonte: Agência O DIA

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