Mega-Sena: víuva diz que ganhador era traído

Viúva de Renné Senna, ganhador do prêmio de R$ 52 milhões da Mega-Sena assassinado há uma semana em Rio Bonito (RJ), a cabeleireira Adriana Ferreira de Almeida, 29 anos, garante que Renné tinha dúvidas sobre a paternidade de Renata, 20 - filha do primeiro casamento da vítima, que acusa a madrasta de estar envolvida na morte.

"Eu sei que não vou encontrar alguém que me ame tanto", diz a viúva. Segundo Adriana, o milionário, que teve as pernas amputadas, dizia que sua primeira mulher, Malvina Almeida, traía-o. Segundo ela, Renné teria flagrado Malvina com outro homem.

"Ele me contou que já tinha entrado com petição de exame de DNA", revelou Adriana, que admite nunca ter visto o documento. O advogado de Renata, Marcus Rangone, nega a traição e argumenta que a discussão sobre a paternidade não influencia a disputa pela herança: "Renata é a única herdeira legal. O que vale é o fato de ele tê-la registrado".

A viúva passou o último ano levando uma vida de luxo. Agora, afirma que precisará se desfazer de alguns bens para sobreviver. "Continuo minha vida simples. E sobrevivo com algum dinheiro que ainda tenho. Vou vender uns boizinhos da nossa fazenda", garante.

No entanto, o advogado de Adriana, Alexandre Dumas, afirma que ela é dona de apartamentos em Niterói e Arraial do Cabo, além de 4 carros de luxo e metade da fazenda onde vivia com o marido. A viúva garante que não tem acesso às aplicações financeiras dele. Ela afirma ainda que os 11 irmãos do milionário sempre pediam dinheiro: "Sempre de R$ 100 mil para cima".

Nesta terça-feira, os seguranças que já trabalharam para Rennê começam a depor na 119ª DP (Rio Bonito). Delegado Ademir Silva estuda hipótese de quebrar o sigilo de Adriana e Renata.