Israel e Argentina protestam contra presença do Irã na posse de Correa

O embaixador de Israel em Quito, Daniel Saban, protestou nesta sexta-feira contra a presença do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, na cerimônia de posse do presidente eleito do Equador, Rafael Correa.

"Este senhor, com todo o respeito, tem que sair deste continente, deste ambiente dos países latino-americanos, fraterno e amigo da causa de Israel e do povo judeu", disse Saban, em declarações ao canal de televisão "Teleamazonas".

Os latino-americanos, segundo Saban, precisariam mostrar ao presidente iraniano que sua "terminologia violenta" e suas expressões contra Israel são "inaceitáveis".

Porta-vozes de Correa afirmaram que enviaram convites a quase 200 chefes de Estado e de governo do mundo todo para a posse do novo governante. Ahmadinejad visitará o Equador na segunda-feira, como parte de uma viagem pela América Latina, que inclui passagens por Nicarágua e Venezuela.

A imprensa de Buenos Aires também afirmou que o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, decidiu suspender sua participação na posse de Correa. Ele considerou "incômoda" a presença de Ahmadinejad em Quito.

A justiça argentina pede a captura de nove iranianos, acusados do atentado que em 1994 causou 85 mortes em Buenos Aires.

Em novembro, o juiz federal argentino Rodolfo Canicoba Corral mandou capturar os iranianos, entre eles o ex-presidente Hashemi Rafsanjani, acusados de serem os autores intelectuais do ataque, atribuído ao grupo extremista libanês Hizbollah.