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Cidades/Geral
Sábado - 23 de Março de 2013 às 06:48
Por: GUSTAVO NASCIMENTO

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Professores e alunos reclamam do baixo rendimento devido ao calor nas salas de aula
Professores e alunos reclamam do baixo rendimento devido ao calor nas salas de aula
Nenhuma escola estadual de Mato Grosso tem aparelhos de ar-condicionado instalado em 100% das salas de aula. Os aparelhos foram adquiridos, porém as instalações elétricas estão obsoletas ou danificadas, o que impossibilita o funcionamento dos equipamentos. 

Em Cuiabá, a rede municipal de educação sofre com problema semelhante, cerca de 30% das escolas tem aparelhos instalados, mas não em todas as salas de aula. Já houve registro de unidade que pegou fogo quando os climatizadores foram ligados. 

Na tarde de ontem (22), alunos da Escola Estadual Presidente Médici fizeram uma manifestação pedindo que aparelhos de ar-condicionado fossem instalados nas salas de aula. Os estudantes afirmam que sem a climatização, assistir as aulas se torna uma tarefa quase impossível. 

Segundo uma professora, que não quis se identificar, o colégio recebeu os aparelhos, porém não instalou porque a rede elétrica da escola não suporta. “Vieram pilhas, e mais pilhas de ar-condicionados e não temos nem como fazer o armazenamento adequado deles. Não tem espaço e os locais estão infestados de bichos e goteiras”. 

Para a professora, o problema tem que ser resolvido urgentemente, pois as aulas durante o período da seca ficam ainda mais comprometidas. “Nesse calor que é Cuiabá, é quase impossível dar aula. O rendimento nosso alunos é muito abaixo do esperado”, afirmou. 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público, subsede Cuiabá (Sintep-Cuiabá), João Custódio, em alguns colégios os aparelhos chegaram há mais de dois anos. “O problema não é de hoje, tem escolas que nenhum ar-condicionado foi instalado, mas tem os aparelhos há 30 meses”. 

Custódio afirmou que na rede municipal o problema é semelhante. Não chegando a 10% o número de colégios em que se encontram os climatizadores. “O grande problema está na parte elétrica das instituições, elas não tem como suportar a energia demandada. A escola Marechal Cândido Rondon chegou a pegar fogo depois que todos os aparelhos foram ligados”, disse. 

A Secretaria de Educação (Seduc) do Estado de Mato Grosso informou que os refrigeradores de ar foram adquiridos com o intuito de agilizar o processo. Os aparelhos, para as 300 escolas da rede, também foram comprados porque os preços estavam favoráveis. 

A secretaria afirmou que até abriu irá concluir, juntamente com a Cemat, a instalação de postos de transformação para os colégios, e que no caso do Médici, teve que encomendar o posto pela grande quantidade de salas de aulas. Segundo a Seduc, até o final de agosto vai instalar os aparelhos, e nos próximos dias vai disponibilizar no site um espaço que a escola monitore o andamento do processo. 

A prefeitura de Cuiabá afirmou que os aparelhos foram adquiridos na gestão anterior e que os colégios realmente não estão preparados. Segunda a prefeitura, a equipe técnica já está estudando uma maneira de realizar as reformas e assim poder fazer as instalações o quanto antes. Atualmente 30% das escolas usam refrigeradores de ar. 




Fonte: Do DC

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